sexta-feira, dezembro 21

Nossa participação no ato pela Tarifa Social foi fundamental!

Foi muito importante nossa participação no Ato Público organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), por associações de moradores de seis bairros da periferia de Campinas, pelo Sindicato dos Metalúrgicos e também por parlamentares. Mostrou para a CPFL que não estamos nem um pouco sozinhos, pelo contrário existem organizações populares que vestem realmente a camisa da luta da Flaskô e que vão ajudar no que for preciso para a fábrica continuar aberta e sobre o controle democrático dos trabalhadores.
O Ato foi organizado por que existe uma lei que permite que todos que consomem menos do R$ 120,00 ou 220 kw de energia têm o direito a um desconto de até 65% na conta do mês, e as companhias se negam a cumprir a lei e ainda enganam os consumidores que procuram os seus direitos. Chegam a inventar que para ter o benefício é preciso estar cadastrado em programas sociais do governo, como o Bolsa Família, o que é pura mentira. O certo é ser automático: o consumidor que usa menos que R$ 120,00 por mês deveria ter direito ao desconto.
Sabemos que somente com a luta organizada podemos conquistar nossas reivindicações, tivemos um exemplo vivo neste Ato, a CPFL foi procurada por várias vezes pela população dos bairros de Campinas e foi exigido o cumprimento da lei da Tarifa Social e foi negado. Depois da manifestação eles ficaram de atender, mas somente as pessoas que fizerem uma autodeclaração, preenchendo uma folha com seus dados pedindo o desconto. Como as pessoas vão ficar sabendo que têm direitos a isso? Foi colocada na mesa de negociação uma proposta para CPFL divulgar nas contas de energia o direito à Tarifa Social, mas eles disseram que ainda vão analisar essa proposta, ou seja, é muito provável que eles não façam essa divulgação, pois a companhia só pensa em ganhar mais e mais dinheiro e não vão mostrar para os consumidores que eles têm direito ao desconto.
Mas vamos informar e fazer campanha sobre a Tarifa Social para que todos nossos companheiros e companheiras tenham acesso, pois somente com a solidariedade entre a classe trabalhadora poderemos vencer os “gananciosos” burgueses sanguessugas do sistema capitalista que manobram a lei com muita facilidade. Se não fosse a luta organizada que fizemos, a companhia não iria cumprir a lei!

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Dois dia depois fomos há uma mesa de negociação para pedir um parcelamento das contas da Fábrica...

CPFL vai analisar nosso pedido de parcelar as contas atrasadas em até 36 vezes
Os camaradas Pedro, Chaolim e Fernando, acompanhados pelos advogados Luana e Alexandre e também pelo vereador Paulo Búfalo (PSOL/Campinas) e pela Neusi da Associação de Moradores do Parque Bandeirantes representaram os trabalhadores da Flaskô nesta primeira reunião de renegociação das contas de luz com a CPFL.
Segundo a Dra Luana, “a reunião foi boa, foram feitos alguns cálculos em cima da nossa proposta de pagar 25 mil por mês até conseguirmos quitar a dívida em 3 anos. Agora, eles vão avaliar essa proposta para nos dar uma resposta”.
Fernando disse também que a CPFL reconheceu nosso esforço dos últimos meses, pois desde agosto estamos pagando certinho as contas do mês e mais R$ 20 mil do acordo anterior.
Chaolim também comentou na mesa de negociação que a CPFL vai receber se fechar acordo com os trabalhadores, mas que teria ficado sem receber nada se dependesse do antigo patrão.Agora vamos aguardar a resposta da CPFL, lembrando que isso é fruto da nossa mobilização! Sem ela, a CPFL com certeza iria embaçar nosso fim de ano. Como mostramos força e unidade, as negociações foram positivas. A luta continua!

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