quarta-feira, agosto 27

Flaskô em perigo! Ato dia 02 de setembro, px terça-feira


Trabalhadores da Flaskô se reúnem com representantes da Prefeitura

Uma comissão de trabalhadores recebeu na Flaskô o atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal de Sumaré, Alaerte Menuzzo.
Foram duas reuniões. Primeiro, apresentamos nossas propostas, como a municipalização (que poderia ocorrer via desapropriação, em troca das dívidas com IPTU, ISS e outros impostos e encargos que a fábrica deve ao município).
Também colocamos que é possível considerar a Associação dos Trabalhadores da Flaskô “Hermelindo Miquelace” como de utilidade pública (aprovando uma lei na Câmara de Vereadores) para facilitar o recebimento de verba pública.
Outra proposta foi a de considerar a Flaskô um patrimônio histórico e cultural da cidade, como uma maneira de avançar na luta por uma fábrica pública, de responsabilidade da Prefeitura.
No entanto, o foco da reunião girou em torno das necessidades imediatas de crédito e de pagamento de energia elétrica.

Resposta do secretário:
O secretário se comprometeu a tentar marcar uma audiência com o BNDES e de sentar conosco na próxima mesa de negociação com a CPFL. Mas, pediu um relatório social, um balancete financeiro da Flaskô e o estatuto da Associação Hermelindo Miquelace para ter em mãos uma documentação mínima para apresentar ao banco.
Também se comprometeu a elaborar projetos de reciclagem de materiais plásticos que possam ser desenvolvidos aqui na Flaskô e de agendar uma reunião com a gente, junto a empresas químicas de Sumaré, para tentarmos ampliar contatos e clientes para a fábrica.
Por fim, sugeriu que a discussão sobre a municipalização fosse tratada com a Procuradoria Jurídica de Sumaré, para analisar os aspectos legais que possam dar suporte a essa medida.

Ajuda urgente
Os trabalhadores insistiram com o secretário que, devido aos problemas urgentes que estão passando, a Prefeitura tem que encaminhar alguma medida de apoio material e/ou financeiro imediatamente, senão todas as boas propostas levantadas ficarão apenas nas idéias.
Afinal, está em jogo a continuidade da fábrica ocupada Flaskô e os atuais projetos comunitários da Associação dos Moradores do Parque Bandeirantes que são desenvolvidos nas instalações da fábrica.
No entanto, Alaerte colocou obstáculos jurídicos e formais para se fazer isso, mas, o camarada Pedro Santinho, coordenador do Conselho de Fábrica, lembrou que essas barreiras são frágeis, basta ter vontade política para superá-las. E citou como exemplo o envio de matéria-prima da Venezuela para as fábricas ocupadas brasileiras, que ocorreu devido aos laços de solidariedade de classe existentes e não necessariamente pelo respeito às regras do comércio mundial, dominado pelo governo dos EUA e as multinacionais.

Já o camarada Alexandre, advogado dos trabalhadores, argumentou que é possível encontrar base jurídica na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição do Brasil e na própria Lei Orgânica do Município para respaldar legalmente uma ação efetiva e imediata da Prefeitura, cujo atual prefeito é do PT e candidato à reeleição.
Uma nova reunião será marcada e os trabalhadores da Flaskô esperam contar também com a participação do prefeito de Sumaré, José Antônio Bacchin.

terça-feira, agosto 19

Importante ato em SP para salvar os empregos no dia 02/09!

Ato em SP
Dia 02 de setembro, às 11h
na Superintendência do Ministério do Trabalho

Rua Martins Fontes nº 109, Centro

Saída da Flaskô, às 7h30
Rua 26, n. 300. Pque Bandeirantes. Sumaré/SP
(Km 107 da Rodovia Anhanguera, sentido capital - interior)

Diante da pressão e sabotagem patronal e da constante negativa do governo Lula em nos apoiar, estamos numa situação administrativa e financeira sem saída e seremos levados ao fechamento, mais dia, menos dia.
A responsabilidade não é dos operários, que vem fazendo de tudo para manter os empregos, salários e a produção. O responsável é o governo Lula, que comandou o ataque contra os trabalhadores da Cipla e Interfibra e agora joga a fábrica ocupada Flaskô aos leões do mercado capitalista.

Governo Lula joga fábrica ocupada Flaskô aos leões do mercado capitalista

Mais de um mês já se passou desde o Tribunal Popular (que julgou a intervenção federal nas fábricas ocupadas) e até agora o governo Lula não respondeu à sentença protocolada em Brasília.

Entre outras decisões, o júri popular reunido em Joinville/SC intimou o governo a devolver a Cipla e a Interfibra para os trabalhadores e a salvar os empregos na fábrica ocupada Flaskô de Sumaré/SP.

Mas, nem uma coisa, nem outra. O interventor federal continua a mandar e desmandar na Cipla e Interfibra, sem pagar um centavo da dívida com o INSS (utilizada como desculpa para a ação militar-fascista disparada contra o Movimento das Fábricas Ocupadas), enquanto a situação dos trabalhadores da Flaskô segue cada vez mais dramática.

Dificuldades alcançam nível máximo

Após cinco anos de controle operário na Flaskô, é possível listar inúmeras vantagens e conquistas em comparação à gestão patronal, porém, ao mesmo tempo, as pressões do mercado capitalista criam e avolumam as dificuldades no sentido de inviabilizar o funcionamento da fábrica, mais dias, menos dias.

As dívidas que os patrões deixaram como “herança maldita” para os trabalhadores foram empurradas para frente, na perspectiva de serem amenizadas ou solucionadas através de uma ação estatal que pudesse transformar o passivo da empresa em ativo do poder público e, assim, dar início à recuperação do parque fabril e dos direitos sociais e trabalhistas.

Nesse sentido, os acordos de parcelamento das dívidas com a Justiça do Trabalho e com a companhia de energia elétrica (CPFL), por exemplo, foram necessários para manter a fábrica aberta e seguir a luta pela estatização sob controle operário.

Porém, a disposição do governo Lula em organizar a intervenção federal e em financiar a burguesia nacional e as multinacionais com vultosos empréstimos, tira a estatização do cardápio e joga os trabalhadores da Flaskô aos leões do mercado capitalista.

Os operários sentem isso. A sabotagem patronal impõe limites ao faturamento da fábrica e assim mal se consegue pagar os salários. O orçamento fica comprometido com a CPFL, os agiotas e os empresários que comercializam os produtos Até os acordos parciais conquistados anteriormente deixaram de ser um alívio e entram no infernal círculo de estrangulamento administrativo/financeiro.

Enquanto a Mauser, multinacional alemã do setor plástico realiza fusões e aquisições com bilhões do BNDES para modernizar e concentrar a produção, a pequena e endividada Flaskô que se vire? Assim é impossível! Abandonar à própria sorte os operários que tocam uma fábrica para manter os empregos e os salários não pode ser considerado uma política séria para a classe trabalhadora! Afinal, como se vê, sem apoio estatal, nem os capitalistas sobrevivem!

Lula, você é o responsável!

Para sair dessa armadilha armada pelo governo Lula a pedido da burguesia, os trabalhadores da Flaskô irão se mobilizar novamente e solicitam a força de todos os apoiadores, partidos e parlamentares comprometidos com a classe trabalhadora, sindicatos e movimentos sociais.

Um ato em SP está programado para o dia 02 de setembro, em um órgão público do governo federal para exigir uma solução para salvar os empregos. Que venha imediatamente dinheiro público para manter os postos de trabalho! Que venha matéria-prima! Que se reduza o preço da energia elétrica para a fábrica ocupada Flaskô!
Afinal, se nada disso for feito logo, o governo Lula ficará com mais uma mancha: a de ter levado a fábrica ocupada Flaskô ao fechamento, mesmo depois dos heróicos combates travados pelos trabalhadores.

ENTRE EM CONTATO ESTAMOS COM MUITAS DIFICULDADES DE MANTER O FUNCIONAMENTO DA FÁBRICA

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