sábado, junho 30

Apelo: Interventor tentar fechar Flaskô aliado a CPFL

A Flaskô continua e continuará sob o controle dos trabalhadores!
Apelamos aos trabalhadores do campo e da cidade e suas organizações


1. A cada dia está mais claro a articulação do capital, de suas organizações como a FIESP e a ABIPLAST, e dos traidores de nossa classe que se venderam ao capital para destruir o movimento das fábricas ocupadas e tentar esmagar a luta dos trabalhadores do campo e da cidade.
2. Desde que o governo federal invadiu a fábrica ocupada Cipla em 31 de maio para demitir a comissão de fábrica e perseguir trabalhadores na fábrica ocupada Flaskô, em Sumaré/SP os trabalhadores tem se organizado para se defender contra este ataque que busca levar as fábricas ao fechamento. Já no dia 01 de junho realizamos uma grande ato/piquete contra uma possível invasão pela policia federal do governo Lula a serviço dos lacaios do capital. Mantivemos a fábrica funcionando sob o controle democrático dos trabalhadores enquanto organizamos a Campanha "Tirem as Mãos da Cipla", enquanto organizamos uma grande delegação para o ato de 13 de julho.
3. No dia 20 de julho o interventor, acompanhado de capangas tenta invadir a Flaskô, demitindo três membros do Conselho de Fábrica e tem como resposta a determinação dos operários que pararam a produção contra os ataques e fizeram o interventor recuar das demissões. No dia 21 tenta novamente invadir a fábrica, mas logo pela manha, menos de 12 horas depois da primeira investida, trabalhadores da Flaskô organizaram um grande piquete, que contou com a solidariedade do movimento operário da região e expulsamos o Interventor. Impotente, o interventor por 2 vezes ameaçou o coordenador do Conselho de Fábrica Pedro Santinho, que recebeu ligações do interventor com afirmações do tipo que iria acabar com vocês, vou voltar a Flaskô, se não consigo com a polícia federal, a marinha, a aeronáutica ou consigo de qualquer outro jeito.
4. Diante da determinação dos trabalhadores, que tiravam força do apoio e da solidariedade nacional e internacional da campanha "Tirem as Mãos da Cipla" que a cada dia se ampliava e se amplia, o Interventor decidiu adotar medidas na Cipla para sabotar a produção da Flaskô e levar a fabrica o mais rapidamente ao seu fechamento, suspendendo o sistema integrado de administração que as empresas compartilhavam, suspendendo e bloqueando o sistema de internet e rede, e mais do que isso enviando cartas e-mail e fazendo contatos telefônicos afirmando aos clientes da Flaskô que os peças que os trabalhadores produziam com seu suor eram roubadas, tentando dissuadi-los de continuar comprado os produtos da Flaskô. Mas a determinação dos trabalhadores de continuar trabalhando ainda ganhava, restabelecemos as operações parcialmente, os sistemas de rede e internet totalmente e já estávamos em contatos, e com agendas nos clientes para esclarecer os fatos. E mais do que isso a cada dia com mais apoio, com a Executiva Nacional da CUT declarando apoio, o Congresso do MST, além de outras centenas de entidades
5. Diante da determinação dos trabalhadores da Flaskô que permaneciam dando as cartas, e controlando a fábrica o interventor fez um acordo com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) que realizou trabalhos clandestinos na rede de energia da Flaskô, e implantou um sistema de corte de energia a distancia, para burlar e impedir a mobilização contra qualquer tentativa de corte ou ameaça. Com isso no dia 27 de junho às 17h 55 realizaram o corte da energia, surpreendendo todos. Mas os trabalhadores responderam prontamente: no dia seguinte realizamos um grande o ato na porta da CPFL, às 13 horas dois membros do Conselho de Fábrica da Flaskô foram recebido pela Diretoria da CPFL e escutaram a condição para o religamente: que os trabalhadores aceitem o Interventor.
Está mais claro do que nunca: Diante da impotência de vencer os trabalhadores o Interventor mostrou claramente ao que veio: fechar as fábricas ocupadas, acabar com o movimento das fábricas ocupadas. E se aliou com a empresa privada CPFL, privatizada pelo governo de direita do PSDB, e que mais do que isso recebeu a menos de um mes mais de 270 milhões de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dinheiro do governo Lula, dinheiro público para financiar o fechamento de fábrica. Já não é hora de discutir a reestatização do sistema de energia! Pois não podemos acreditar no dito "caráter social" da CPFL e seus falsos centros culturais.

6. Os trabalhadores da Flaskô se mantem organizados, unidos e sabem que estão para ser atacados a qualquer momento. Mas sabemos que também que não há força que resista a unidade, a determinação da classe operária, "blindada" com a solidariedade nacional e internacional. Venceremos!
Por isso decidimos:

a) Não aceitamos nenhum interventor na Flaskô. A Flaskô é dos trabalhadores! Fim da Intervenção na Cipla e na Interfibra!
b) Ampliar a campanha internacional dirigida ao presidente Lula e ao Ministro Luis Marinho para que retirem o pedido de intervenção nas Fábricas Ocupadas.
c) Ampliar os esforços com o objetivo de retomar a produção na Flaskô, adotando todas as medidas cabíveis. Não fecharão a Flaskô! Apelamos a todos o movimento operário: ajudem-nos a retomar a produção!
d) Dirigir um pedido direto a Artur Henrique, eletricitário e presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao Sindicato os Eletricitários do Estado de São Paulo para que ajudem a ampliar a campanha de denuncia da CPFL.
e) Decidimos nos somar ao Ato de Ocupação do Congresso Nacional nesse dia 4 de julho, organizado pela CUT contra a Emenda 3 e o PL-01 apresentando pedindo apoio a exigência pela fim da intervenção nas fábricas ocupadas.
f) Ampliar a solidariedade e a luta contra o fechamento de fábricas, pelo controle operário, no Brasil e no Mundo. Fábrica quebrada é fábrica ocupada! Fábrica Ocupada deve ser estatizada! Sob esta bandeira nos somamos à preparação do II Encontro Latino Americano de Fábricas Recuperadas pelos Trabalhadores, em outubro de 2007 em Caracas na Venezuela.

Coordenação do Conselho de Fábrica da Flaskô, após assembléia dos trabalhadores realizada em 29 de junho de 2007.

sexta-feira, junho 29

Ver "Entrevista com Serge Goulart"

Entrevista com o Coordenador do Movimento de Fábricas Ocupadas (Brasil) feita em Caracas no dia 28 de julho.

Entrevista com Serge Goulart

7 min 0 s - 28-jun-2007

Entrevista al Coordinador de las fábricas ocupadas en Brasil donde comenta el reciente ataque del Gobierno de Lula contra este grupo de fábricas.
Si tienes problemas para ver el vídeo, intenta copiar la siguiente URL en el navegador:
http://video.google.es/videoplay?docid=-1790987196835776750&pr=goog-sl

quarta-feira, junho 27

COMUNICADO URGENTE

CPFL corta energia da Flaskô nesta quarta-feira às 18h
 
Há uma semana a Flaskô tentou negociar com a CPFL um prazo maior para acerto da conta. Naquele momento a CPFL não deixou claro que não aceitava a proposta de adiamento. Nestes dias técnicos da CPFL estiveram na rua da fábrica dizendo que estavam "fazendo reparos técnicos". Na verdade, estavam instalando, sem aviso ou permissão, um aparelho que controla o fornecimento de energia via satélite e permite que a mesma seja cortada por controle remoto.
Foi assim que, por volta das 18h desta quarta-feira, as máquinas todas pararam. Só depois de algum tempo é que os trabalhadores da Flaskô perceberam que se tratava de um corte de energia. Ao ligarem para a CPFL, o fato se
confirmou.
Na verdade o que aconteceu é muito grave, primeiro porque sem energia elétrica não há produção e serão mais de 90 famílias sem sustento.
Segundo porque isto acontecendo justo no momento em que o interventor da Cipla e Interfibra tentam também tomar a Flaskô, leva a crer, que a CPFL está agindo politicamente para fechar a fábrica e em conjunto com o Interventor contra as fábricas ocupadas e seus trabalhadores.
Por último, a CPFL utilizou de meio desleal e ilícito para parar a fábrica. Ao cortar a energia sem aviso prévio, provoca um grande prejuízo e danos à fábrica pois a matéria prima que é moldada a alta temperatura obstrui todas as máquinas quando estas param durante o processo de produção.
Até mesmo a comunidade do bairro está sendo prejudicada pois não pode mais pegar água potável nas torneiras públicas da Flaskô. A bomba que traz a água do poço depende de energia elétrica para funcionar.
A CPFL também quer fechar a Flaskô e só isto pode explicar esta sua atitude conspiratória. A CPFL sabe que os trabalhadores da Flaskô jamais deixariam seus técnicos cortarem pessoalmente a energia elétrica da fábrica. Em todas as vezes que lá foram para isso, os trabalhadores paravam a produção para impedir o corte.
Por isso, os trabalhadores dos três turnos da fábrica se reuniram em assembléia urgente e decidiram que amanhã vão ocupar a CPFL caso a energia não seja restabelecida.
Além disso, o sindicato dos eletricitários de Campinas e Região, que representa os funcionários da CPFL, está prestes a entrar em greve e já incluiu em sua pauta de reivindicações o fornecimento de energia para a Flaskô.
Da Venezuela, Serge Goulart que está em busca de ajuda para as fábricas avisou que o governo de lá está se comprometendo a pagar a conta que a Flaskô deve à CPFL, mas que é preciso resistir a este golpe que foi dado neste momento.
Concentração nesta quinta às 12h em frente a fábrica para saída para a CPFL.
Todos que apóiam esta luta, estejam lá.
A luta continua!! Nem a CPFL, nem o Interventor, vão fechar a Flaskô!!!


Josiane Lombardi
(11) 3021 8845 / 3023 1874  (19) 9124 0960 


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URGENTE! URGENTISIMO
 
 
Os trabalhadores da fábrica ocupada Flaskô, que permanecem sob o controle dos trabalhadores foram superpreendidos hojes, dia 27 de junho as 17h 55 pelo corte de energia a mando da CPFL (Companhia Paulista de Força e lus, privatizada pelo goverrno) realiado as escondidas, com mencanismo modernos de alta tecnologia implantados a poucos dias, como forma de barrar e subverte a mobilização dos trabalhadores que tem mantido a fábrica funcionando e pagando as cohntas todos os meses.
A companhia paulista de força e luz decidiu cortar a energia da fábrica como força de tentar acabar com a luta das fábricas ocupadas, apesar das reiteradas tentavidas ded negociação.
Diante diiso estamos preparando um grande mobilização para o dia 28 de junho as 13 horas na empresa para tentar reveter a decisãoi.
O mais importante a se notar é que esta empresa privdda recebeu no úlltimo mes mais de 2800 milhões em emprestimo do governo Lula, via Bando de Desenvolvimento Economico e Social, (BNDES) o mesmo que afimou que as fábricas ocupadas são viaveis e deveriam ser estatizadas.
Sabemos que esta é mais uma tentativa de intimidar e sabotar a luta dos trabalhadores.
Mas decidimos lutar e vamos derrubar esta medida.
O sindicato dos eletricitários tem enfrentado a truculencia da empresa e nos somaremos a eles para levar os trabalhadores a vitória.
 
 
Pedro Santinho
Coordenador da Fábrica Ocupada Flaskô
Pedro Santinho
Coordenador Conselho de Fábrica
Flaskô Sob o Controle dos Trabalhadores

Reunião do Comitê SP pelo Fim da Intervenção nas Fábricas Ocupadas

Para que nossa luta seja vitoriosa precisamos arrecadar fundos para arcar com despesas de viagens. Nossos representantes já foram a Brasília para abrir negociações, também já fomos em caravana à Joinville/SC, levando companheiros de SP, Campinas e região e temos que voltar à Brasília para realizarmos um grande ato em 05 de julho de 2007, pois nesse dia está marcada uma nova rodada de negociações com representantes do governo federal.
Por isso, contamos com a participação e a colaboração financeira de todos, contra o golpe reacionário nas fábricas ocupadas pelos trabalhadores!
Realizaremos uma reunião na Flaskô, próxima segunda-feira, dia 02 de julho, às 19h (Rua 26, 300. Pque Bandeirantes – Sumaré/SP) para organizarmos coletivamente essa luta que é de todos!

Contatos:
Pedro Santinho, do Conselho de Fábrica: (19) 8102-6228.
pedro.santinho@uol.com.br
Fernando Martins, do Conselho de Fábrica: (19) 8164-1971.
mobilizacaoflasko@yahoo.com.br
Rafael Prata, Assessoria de Comunicação (19) 9723-4695. chavetetra@yahoo.com.br


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domingo, junho 24

CONGRESSO DO MST DECLARA APOIO AS FÁBRICAS OCUPADAS

MOÇÃO DE APOIO AOS TRABALHADORES DA CIPLA E INTERFIBRA EM JOINVILE/SC

Nós participantes do 5° Congresso Nacional do MST, em mais de 17 mil delegados reunidos em Brasília, de 11 a 15 de junho, vimos repudiar a ação da Polícia Federal a mando do governo federal, que no dia 31 de maio de 2007, em ação violenta expulsou o Conselho de Administração das fábricas da CIPLA e INTERFIBRAS, que era composto por 43 membros que juntos recebiam R$ 70.000,00 por mês, e autoritariamente nomeou um interventor com salário de R$ 87.000,00 mensais.

As fábricas citadas foram ocupadas pelos trabalhadores há cinco anos, quando os antigos proprietários estavam em vias de demitir os mil trabalhadores e se declararam em falência.

No período da administração dos trabalhadores houve a recuperação e o aumento da produção, além do pagamento dos salários e seus reflexos em atraso há mais de um ano. Outro fato importante foi a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, sem redução de salário e criando novos postos de trabalho.

Nesse sentido, repudiamos a ação da Polícia Federal, que trouxe de volta as práticas autoritárias e repressivas relembrando a ditadura militar. Exigimos a imediata devolução das fábricas ao controle dos trabalhadores, e que se dê todo apoio e crédito para que as fábricas continuem funcionando.

Delegados do 5° Congresso Nacional do MST

Brasília, 11 de junho de 2007.


quinta-feira, junho 21

Trabalhadores e Trabalhadoras da Flaskô resistem contra a intervenção e expulsam o interventor



O interventor da Cipla – Interfibra, Rainoldo Uessler (na foto: "o engravatado") e os comparsas Camilo Piazzeira Neto (procurador das fábricas), junto com um representante da Dhromus (empresa de auditoria) e mais um capanga tentaram assumir o controle da Flaskô, no lugar dos próprios trabalhadores.No dia 20/06, essa comitiva de interventores visitou a empresa e anunciou a demissão do coordenador-geral do Conselho de Fábrica, Pedro Alem Santinho e outros dois representantes dos trabalhadores, Joaquim Amaro e Fernando Gomes Martins, munida com a decisão judicial de intervenção nas fábricas ocupadas.Em assembléia no dia anterior, os trabalhadores haviam decidido que não aceitariam nenhuma demissão e, portanto, em resposta, pararam as máquinas durante toda a quarta-feira. No começo da noite, pressionado, o interventor foi embora, mas ameaçou trazer a Polícia Federal para assumir a posse da Flaskô, da mesma maneira que fez na Cipla e na Interfibra.Por isso, um piquete foi convocado para o dia 21/06, que contou com a presença de diversos apoiadores do movimento. Participaram do ato: a Esquerda Marxista do PT, o Sindicato dos Químicos de Campinas, Osasco e Vinhedo, Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Sindicato dos Sapateiros de Franca, Sindicato dos Pesquisadores, trabalhadores demitidos da Cipla, trabalhadores da Ellen Metal (Caieiras), Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP), assessor do Dep Fed Zaratini (PT), vereadora Marcela Moreira (PSOL – Campinas), Corrente O Trabalho do PT, uma comissão de moradores da Vila Operária e Popular, Movimento Negro Socialista, Juventude Revolução e um grupo de professores de SP.Mais uma vez, a mesma comitiva de interventores apareceu para entrar na unidade, mas sem a presença da polícia, foi recebida com palavras-de-ordem e com a determinação dos trabalhadores em manter a fábrica sob controle operário.Assim, os interventores foram convidados a se retirar e, após uma assembléia geral, os trabalhadores da Flaskô retomaram a produção. O movimento das fábricas ocupadas pelos trabalhadores exige do presidente Lula e do ministro da Previdência, Luís Marinho, a retirada da intervenção na Cipla-Interfibra, pois o recente ataque policial - judicial se baseia numa ação movida pelo INSS, órgão público federal. Pedem também a re-integração dos demitidos e o direito ao pleno funcionamento do Conselho de Fábrica eleito pelos trabalhadores.Além disso, a assembléia da Flaskô pede o apoio nacional e internacional da classe trabalhadora para “blindar” a empresa contra a intervenção, que pretende fechar as fábricas recuperadas e derrotar esse exemplo histórico de luta por uma sociedade sem explorados e exploradores.
Abaixo, segue carta do Conselho de Fábrica da Flaskô:
Aos trabalhadores de todo o mundo,Os trabalhadores da Flaskô declaram aos trabalhadores de todo o mundo e suas organizações:
1- Não aceitaremos nenhuma intervenção judicial com o objetivo de fechar a Flaskô ou transformá-la em uma cooperativa, demitindo os trabalhadores e acabando com os direitos, como esta sendo feito na Profiplast em Joinville e com ajuda do aparato militar querem fazer na Cipla e na Intefibra.
2- Ocupamos a fábrica há mais de 4 anos e temos com nosso suor e o apoio do movimento operário, democrático e popular de todo o mundo conseguido manter a fábrica aberta. Sempre afirmamos e para isso fizemos 4 Caravanas a Brasília para reivindicar que o Presidente Lula cumpra sua promessa e salvar os empregos nas fábricas ocupadas. E mais do que isso o BRDE/BADESC e BNDES após estudo propõem que o governo assumisse as fábricas. Mas o governo Lula se cala diante de tudo, mais do que isso o Ministro Luis Marinho, ex-presidente da CUT mantém a decisão do INSS de intervir na Cipla.
3- Sabemos que as fábricas ocupadas são a prova viva que os trabalhadores não precisam de parasitas destruindo e pilhando a sociedade, como é prova a lista pública dos milhões de devedores do INSS entre eles o Banco Itaú, o Unibanco e a Vale do Rio Doce. Por isso as declarações do Presidente da FIESP e da ABIPLAST (patronal dos plásticos) contra as fábricas ocupadas e o acordo de cooperação econômica com o governo da Venezuela.Por tudo isso, afirmamos:- Manteremos a Flaskô sob o controle democrático dos trabalhadores. Com nosso conselho de fábrica eleitos pelos trabalhadores para dirigir a fábrica e a luta pelos empregos e pelos direitos.- Não aceitaremos a intervenção! - Não aceitaremos nenhuma demissão! Nenhum ataque a qualquer dos trabalhadores! - Um ataque a um é um ataque a todos! - Retomaremos a produção sob o controle dos trabalhadores e a manteremos!Por fim, diante da ameaça iminente de qualquer ataque convidamos todos os trabalhadores, suas organizações para virem a Flaskô. Manteremos uma vigília permanente.

Conselho de Fábrica da Flaskô

(19) 9233-1391



(19) 8164-1971

quarta-feira, junho 20

Nenhum interventor na Flaskô

Aos trabalhadores e suas organizações

 

1.     Os trabalhadores da Flaskô, fábrica ocupada e controlada pelos trabalhadores decidiram em Assembléia Geral realizada no dia 18 de junho de 2007 não aceitar nenhuma demissão e lutar pelo controle da fábrica pelos trabalhadores.

2.     Hoje dia 19 de janeiro às 13 horas iniciamos uma greve na fábrica após o Interventor Rainoldo Uessler entrar fábrica, acompanhados do Sr. Piazera e Miltom e anunciarem a demissão dos membros do Conselho de Fábrica Pedro Santinho, Joaquim Amaro e Fernando Martins. A decisão de paralisação adotada pelos trabalhadores foi respondida pelo interventor com a retomada das calunias contra a comissão dos trabalhadores da Cipla e mais do isso com a afirmação que quem queria fechar a fábrica eram estes "guerrilheiros que acabamos de demitir". Ele na verdade esta se referindo a luta dos trabalhadores que neste 4 anos fizeram o que puderam para manter a fábrica funcionando e lutando para receber ajuda do governo Lula e seus ministros, que como o próprio BNDES/BRDE/BADES já afirmou em seu parecer deve vir com o governo federal assumindo as fábricas ocupadas.

3.     Após 4 horas de paralisação o interventor decidiu recuar das demissões apresentando um informe ao conjunto dos trabalhadores.

4. A paralisação mostrou que a arma dos trabalhadores é a greve. Assim como as greves nos anos 80 libertaram nosso atual presidente Luis Inacios Lula da Silva das garras da ditadura militar.

5. Iniciamos a greve e vamos continuar até que o interventor decida voltar para o seu lugar, fora das fábricas ocupadas.

6.   Vamos continuar parados por nossos direitos, a começar pelo mais simples nosso direito de nos organizar e defender nossos direitos.

a.     Não aceitaremos nenhuma demissão!

b.     A Flaskô continua e continuará Sob o Controle dos Trabalhadores!

c.     FORA O INTERVENTOR DA FLASKÔ! OS TRABALHADORES CONTINUARAM PARADOS ATÉ O INTERVENTOR IR EMBORA!

7.     Pedimos a solidariedade de todos os trabalhadores em todo o mundo exigindo do Governo Lula e do Ministro Marinho que peça a retirada da Intervenção nas fábricas ocupadas.

 

 

Conselho de Fábrica da Flaskô

 

Interventor da Cipla e interfibra vai hoje à Flaskô e tenta demitir vários operário s?=

O interventor da Cipla - Interfibra, Rainoldo Uessler, foi hoje à Flaskô em Sumaré e reuniu-se com o coordenador geral do Conselho de Fábrica, Pedro Alem Santinho, demitindo-o.
Assim que souberam da decisão, os trabalhadores da produção pararam as máquinas e avisam que só voltarão a produzir se o companheiro Pedro puder exercer plenamente suas funções.
Frente à paralisação, o interventor realmente mostrou a que veio, pois disse que não queria a presença na empresa dos trabalhadores Fernando, Amaro (membros do Conselho de Fábrica) e Rafael Prata (assessor de imprensa).
A vereadora Marcela Moreira (PSOL - Campinas) compareceu à fábrica para prestar solidariedade e o interventor (com toda arrogância e cercado de uns comparsas, como Piazeira e Miltão) tentou intimidar a vereadora, que respondeu à altura. "Eu vim visitar os trabalhadores e não você".
Amanhã, dia 21 de junho de 2007, às 7h, na portaria da Flaskô, haverá ato contra a intervenção e por nenhuma demissão. Pelo controle operário e manutenção de todos os empregos.
No fim do dia, desmoralizado frente a resistência de todos os operários da fábrica, o interventor, mesmo ameaçando trazer a polícia federal, foi obrigado a desdizer as demissões.
Agora o clima é de mobilização permanente, todos estarão acampados na fábrica para garantir o controle operário da Flaskô. Os moradores da Vila Operária e popular também estão na resistência junto aos trabalhadores.
Como o interventor disse que volta nesta quinta:
A partir da 7h, ATO NA FLASKÔ - SUMARÉ.
TODOS QUE PUDEREM, ESTEJAM LÁ PARA DAR APOIO À FÁBRICA
 
 
 
 
 
 


Josiane Lombardi
(11) 3021 8845 / 3023 1874  (19) 9124 0960 


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terça-feira, junho 19

Estudantes da FFLCH-USP conhecem a luta da Flaskô e das fábricas ocupadas

Nos dias 12 e 13 de junho, vários estudantes e funcionários da USP foram para os Atos em Sumaré e Joinville contra a intervenção judicial na Cipla e Interfibra.
Nesta terça, 19/6,  o vídeo-documentário "Flaskô sob controle dos trabalhadores",  já exibido em 11/6 no CineOKUPA - na ocupação da reitoria da USP, foi novamente apresentado no saguão do prédio de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. 
A atividade foi organizada pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais tanto em solidariedade para divulgar a luta das fábricas, como para a manutenção da greve estudantil através de atividades paralelas às aulas. 
Vários estudantes assistiram ao vídeo e receberam o jornal das fábricas ocupadas. Uma conversa informal com os alunos presentes informou-os do duro golpe que ás fábricas ocupadas - Cipla e Interfibra de Joinville -, sofreram do governo e ministério da previdência sob pressão do empresariado do setor plástico.
Um dos estudantes, diretor do Centro Acadêmico de Sociais comentou que, vendo o vídeo, até ficou com vontade de visitar a Flaskô. É isso aí, estudantes e trabalhadores, juntos, na luta.
Josiane Lombardi


 


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DENUNCIA

Companheiros,

Encaminhamos o pedido de solidariedade dos companheiros ferroviários. Pedidos a todos que ajudem esta campanha, é fundamental a solidariedade de toda nossa classe ferroviários.

Encaminhem moções nos sindicatos, nos partidos, com parlamentares, em reuniões e assembléias.

Viva a luta dos trabalhadores

Conselho dos Trabalhadores da Flaskô

DENUNCIA

 

Dinheiro público do BNDES, FUNCEF e PREVI, financia repressão armada praticada pela América Latina Logística contra os ferroviários de Bauru, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

 

A América Latina Logística (ALL), que tem entre seus principais acionistas o BNDES, FUNCEF e PREVI, e que assumiu o controle acionário e de gestão das Ferrovias Novoeste, Ferroban e Ferronorte em junho de 2006, desencadeou no dia 05/07 uma verdadeira operação de ataques contra a direção do Sindicato, contra a instituição Sindicato, e de terror e tortura contra os ferroviários dentro dos locais de trabalho.

Desde que assumiu o controle, a direção da ALL que tem como presidente o senhor Bernardo Hess, vem insistentemente praticando uma série de atos ilegais, que são denunciados e combatidos pela direção da entidade.

Demitiu em 09/06/2006 614 ferroviários entre os quais, cipeiros, portadores de estabilidade por acidente do trabalho, portadores de estabilidade pré-aposentadoria, dirigentes sindicais, sendo que o maior número de demissões recaiu sobre os ferroviários que podem ser classificados como "negros", não observando a Convenção 111 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil.

Terceirizou ilegalmente atividades ferroviárias, desrespeitando princípio celetizado nos artigos 236 e 237 da CLT, e também contrariando sentença de segundo grau, proferida pela Juíza Regina Dirce Gago De Faria Monegatto no Processo TRT/15o Região N. 00916-2002-091-15-00-0 RO, de Campinas, em Ação Civil Pública proposta pelo sindicato.

Contratou empresas terceirizadas inidôneas para prestarem serviços, que não recolhem INSS, FGTS, que não emitem CAT, que não registram empregados em carteira, que não efetuam o pagamento no prazo previsto em lei, e o mais absurdo; que usam da prática de manterem empregados em condições análogas a de trabalho escravo no estado de MS. Todos os fatos foram constatados por fiscalizações do Ministério do Trabalho e denunciadas ao Ministério Público do Trabalho.

No mês de dezembro de 2006, tentou impor na marra o procedimento denominado "monocondução", que é a condução de comboios ferroviários executados somente pelo maquinista sem a presença do auxiliar. Este procedimento é questionável tecnicamente, existindo hoje decisões judiciais que não permitem a prática do mesmo.

Os trabalhadores num primeiro momento exerceram o direito de recusa, e depois foram albergados por decisão da Justiça do Trabalho de Bauru, que concedeu liminar proibindo a prática em toda malha da Ferrovia Novoeste e também da ALL.

A decisão da justiça evitou que os trabalhadores, o patrimônio público e os interesses difusos da sociedade fossem colocados em risco, pois é público e notório os altos índices de acidentes que ocorrem no sistema, que podem ser agravados pelas características das cargas transportadas majoritariamente composta por produtos perigosos (combustíveis).

Também no inicio deste ano solicitou ao Ministério Publico do Trabalho PTR-15 Bauru, que mediasse audiência com a participação do Sindicato para discutir a "monocondução" que está proibida na malha da Ferroban desde 2003, em virtude de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho de Bauru da qual o sindicato é assistente.

A audiência foi presidida pelo procurador Dr. Luiz Henrique Rafael, e a proposta apresentada pela Ferroban e ALL, é que as partes assinassem Termo de Ajuste e Conduta (TAC), estipulando as condições para que a monocondução fosse praticada. Nesta audiência aconteceu um fato inusitado, pois o perito que realizou a primeira perícia na malha da Ferroban concluindo em laudo pela impossibilidade do processo, se dispunha a desconsiderar o mesmo e ajustar com o sindicato novos procedimentos, o que a entidade recusou na qualidade de assistente.

Estamos em plena campanha salarial, nossa data base é primeiro de janeiro e até agora as negociações não foram concluídas. A empresa postergou o processo, pois sua intenção era o de assinar acordos com os sindicatos de ferroviários que representam os ferroviários da Ferroban e Ferronorte, o que ocorreu no mês de maio.

Desde então, com argumentos frágeis vem tentando impor o mesmo acordo aos ferroviários da Novoeste, sem levar em consideração que são empresas distintas, com histórico de benefícios distintos e com direitos que não podem ser suprimidos por cláusulas de acordo.

O Sindicato, concluído o processo de negociação convocou reuniões com a categoria para serem realizadas de 05 a 15/06/2007 em toda extensão de base da categoria que vai de Bauru (SP) a Corumbá (MS).

A empresa demonstrando total despreparo para enfrentar situações de impasse partiu para a adoção de atos belicosos e de práticas anti-sindicais, tais como: Demitiu 13 trabalhadores, entre os quais 3 diretores da entidade, suspendeu o desconto das mensalidades sindicais dos sócios da entidade em folha, proibiu a entrada dos diretores Roque José Ferreira e José Carlos da Silva nas dependências da empresa, mesmo sendo o procedimento garantido por precedente do TST que garante a entrada nos horários de almoço e jantar.

Os diretores que não são liberados do ponto estão trabalhando e nos seus deslocamentos são acompanhados de escolta armada, e também existem guardas armados em vários locais de trabalho, o que coloca em risco a integridade dos trabalhadores, pois estão sob violenta pressão, o que pode vir a provocar acidentes de trabalho. O grupamento privado armado foi fornecido pela empresa Multi-Service, e são assessorados por policiais militares que realizam o famoso bico e que também trabalham armados.

Pasmem; proibiu as terceirizadas de assinarem acordo com o Sindicato, como no caso da empresa Salustiano e Campos, onde as negociações já foram concluídas, chegaram a bom termo, mas cujos representantes legais informaram que se assinarem sem anuência da diretoria da ALL, terão o contrato rescindido.

Todas as ações ilegais que estão sendo praticadas pela diretoria da ALL na ferrovia Novoeste estão sendo denunciadas ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério do Trabalho e relatório completo das Práticas Anti-Sindicais será enviado a OIT e outros organismos internacionais.

A Diretoria da ALL é nomeada pelo Conselho de Administração, que é formado por representantes dos controladores, ou seja, dos donos das ações da empresa. Entre os principais acionistas estão o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), FUNCEF (Fundo de Pensão dos Funcionários da Caixa Econômica Federal) e PREVI (Fundo de Pensão do funcionários do Banco do Brasil), integrando o conselho de administração o senhor Guilherme Narciso de Lacerda presidente da FUNCEF.

O Governo Federal, os organismos oficiais como o BNDES, os fundos de pensão, não podem ser lenientes com toda sorte de irregularidades e afrontas à legislação nacional e internacional de proteção ao trabalho e as práticas anti-sindicais, conforme disposto na Convenção 98 da OIT que são praticadas impunemente pela diretoria da América Latina Logística na Ferrovia Novoeste S/A.

Dirigimos-nos a todas as organizações sindicais e ao movimento operário nacional e internacional, para que participem e sejam solidários com o ferroviários empregados da Novoeste/ALL, exigindo do Governo Brasileiro, dos fundos de pensões FUNCEF e PREVI na qualidade de acionistas da Holding América Latina Logística, que sua diretoria pare imediatamente com as agressões aos trabalhadores ferroviários, à entidade sindical, e que respeitem a legislação e o cumprimento das leis.

Contando com o apoio, subscrevemo-nos,

Roque José Ferreira

Coordenador Geral

 

Endereços para o envio de moções:

BNDES

Presidente: Luciano Coutinho
Fax: (21) 2533-1538

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Miguel Jorge

Ministro de Estado

se@desenvolvimento.gov.br

FUNCEF- Fundação dos Economiários da Caixa

Presidente: Guilherme Narciso de Lacerda

corel@funcef.com.br

funcef@funcef.com.br

PREVI- Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil

Presidente :Sérgio Ricardo Silva Rosa

previ@previ.com.br

AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA

Presidente: Bernardo Vieira Hees

bernardo@all-logistica.com

Cópia para Sindicato de Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. sinferrobru@uol.com.br

Fax: (14) 32236532

Modelo

Moção de Apoio aos Ferroviários de Bauru, MS e MT

 

Reivindicamos a de Vossa Senhoria imediata intervenção junto à diretoria da Holding América Latina Logística, situada Rua Emílio Bertolini, 100, Vila Oficinas
82920-030 - Curitiba – Paraná, presidida pelo Senhor Bernardo Hess, controladora da Ferrovia Novoeste, que opera por regime de concessão o transporte ferroviário de cargas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, para a mesma de forma imediata adote as seguintes medidas:

  1. Anule as demissões dos dirigentes sindicais Paulo César Cunha, Alexandre Aparecido de Souza Oliveira e João Gomes;
  2. Efetue os descontos das mensalidades sindicais e descontos legais;
  3. Anule as demissões de empregados portadores da estabilidade pré-aposentadoria e de estabilidade por acidente de trabalho e/ou doença ocupacional;
  4. Cumpra o disposto nas Convenções 98 e 111 da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Estado;
  5. Retire dos locais de trabalho em toda Ferrovia Novoeste a guarda privada armada;
  6. Cumpra o disposto na legislação trabalhista, no Plano de Cargos e Salários, no Plano de Benefícios e Vantagens, no Regulamento Disciplinar e também as obrigações contidas no edital de concessão;
  7. Rompa imediatamente o contrato de prestação de serviços firmado com a empresa SC Metrovias, uma vez que a mesma vem submetendo ferroviários a condições análogas a de trabalho escravo;
  8. Cumpra o disposto nos artigos 236 e 237 da CLT, contratando diretamente os empregados para as funções tipificadas nos mesmos.

 

Sendo o que se apresentava,

 

 

segunda-feira, junho 18

Ato nacional contra a intervenção da Cipla reuniu apoiadores do Brasil e do mundo

Quem chegava na porta da fábrica Cipla, no ato nacional convocado para o dia 13 de Maio, espantava-se com o outdoor que outrora estampava a luta dos trabalhadores das fábricas sob controle operário: "Nós, trabalhadores da Cipla, APROVAMOS a intervenção judicial". O susto rapidamente se transformava em indignação. Trata-se de uma farsa. A frase, estampada no outdoor de entrada da Cipla, foi "aprovada" sob clima de pressão e ameaça através de um abaixo-assinado passado na fábrica, uma semana após a invasão da polícia federal. Este é o clima que hoje impera dentro da fábrica.
Os operários têm que suportar o terror de seguranças armados até nos banheiros da empresa e trabalham sob a vigia dos seguranças e supervisores. Convivem agora com a ameaça de perderam os empregos. O interventor, Rainoldo Uessler, nomeado pelo juiz federal Dr. Oziel Francisco de Souza, já destruiu os direitos conquistados pelos operários da Cipla: o acordo coletivo assinado no fim do ano passado pela CNQ/CUT, que reduziu a jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, sem redução de salário, foi para o ralo. Com menos de uma semana de intervenção, não bastasse o clima de terror, os trabalhadores da Cipla têm que engolir a jornada de 44 horas semanais.
Acusando o Conselho de Fábrica, eleito democraticamente em assembléia pelos trabalhadores da Cipla, de terroristas e baderneiros, o interventor não só proibiu todo o conselho de fábrica de entrar na fábrica, como demitiu por justa causa o conselho e outros trabalhadores – valorosos ativistas da luta pela estatização das fábricas ocupadas.
Por tudo isso, o ato nacional que aconteceu dia 13 de Maio na porta da Cipla, durante a troca de turno, foi mais que uma importante manifestação de apoio. Foi a demonstração de que os trabalhadores da Cipla não estão sozinhos. Centenas de entidades do movimento operário do Brasil e da América Latina expressaram o repúdio à intervenção militar e judicial desencadeada pelo Governo Federal. Vários militantes e sindicalistas se perguntavam, nas falas, por que o INSS não cobra as dívidas das grandes empresas? Carlos Castro, membro do Conselho de Fábrica eleito, desabafa: "O Governo Federal, com a burguesia nacional e de Joinville, fez esse ataque fascista: a mão de Lula está manchada com esta decisão".
O coordenador nacional do movimento das fábricas ocupadas do Brasil, Serge Goulart, dirigiu-se aos trabalhadores da Cipla, que entravam e saíam da fábrica na troca de turno: "Eu não posso me esquecer da luta cotidiana que vocês fizeram nesses quase 5 anos. Eu saúdo a luta de todos vocês. Eu sei que essa intervenção militar fascista cansa, dá medo, causa confusão. Não é para menos. Esse interventor veio para acabar com todas as conquistas. Mas o movimento continua. A luta vai continuar. Esse ato nacional estampa a bandeira da esperança. Porque a Cipla, que já é patrimônio da classe operária nacional e internacional, não pode fechar."
Além das representações nacionais, compostas pela Federação Nacional dos Ferroviários (e seus sindicatos, como o de Bauru, MT, MS, SE, BA, Tubarão e PR), a CUT/SC, Sintrasem, Sind Têxteis e Rodoviários de Blumenau, Sind Quim do Vale dos Sinos (RS), trabalhadores da Ellen Metal (Caieiras/SP), MST, MTST, estudantes e funcionários da ocupação da reitoria da USP, entre outros, o ato teve a presença de uma delegação internacional: Eduardo Múrua trouxe a solidariedade do Movimento Nacional de Empresas Recuperada na Argentina e informou que o movimento piqueteiro da Argentina fez ato na Embaixada brasileira. Também se dirigiu aos trabalhadores da Cipla: "A Cipla voltará a ser dos trabalhadores. Mas eu lhes peço: recuperem a memória de como era trabalhar dentro da fábrica antes desta intervenção fascista. Vocês faziam parte das decisões. Façam greve e retirem esse interventor de dentro da fábrica. Nós estaremos com vocês." Do Paraguai, César Gonzáles representou duas fábricas sob controle operário e transmitiu o apoio da CUT-Autêntica. Na capital, Assunção, várias entidades vão se dirigir à Embaixada brasileira para protocolar documento pelo fim da intervenção.
Da Venezuela, Francisco Rivero, trouxe uma forte mensagem solidária da Freteco (Frente de Empresas Tomadas e em Co-gestão) e avisou que o governo do presidente Hugo Chávez não irá manter o acordo comercial que existe entre a Pequiven (estatal do ramo químico) e a Cipla, se a empresa brasileira permanecer sob intervenção judicial. "Os trabalhadores da Cipla saberão reagir após o choque desse golpe e repressão fascista. A classe trabalhadora mundial está indignada com a intervenção fascista feito pelo Governo Lula. A Cipla é um exemplo para a classe trabalhadora mundial e não pode ser fechada. Na Venezuela, milhares de trabalhadores estão mobilizados, recolhendo assinaturas contra a intervenção judicial, que serão entregues na Embaixada brasileira dia 18/6.
Vinte e duas Embaixadas brasileiras já receberam manifestações de repúdio à intervenção na Cipla. A campanha nacional e internacional, com envio de moções para o Governo Federal, para os Ministros da Previdência e Trabalho, exigindo o fim da intervenção judicial e pela reintegração da comissão de fábrica continua. Diversas entidades do país, como o MST, CUT e vários sindicatos integram o Comitê pelo fim da intervenção na Cipla. Após o ato de 13 de Maio o comitê se reuniu para dar continuidade às lutas em apoio aos trabalhadores da Cipla. Integre esta luta!
Janaína Quitério
Esquerda Marxista do PT


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Quatro anos da Flaskô em meio à luta contra a intervenção na Cipla

Um dia antes do piquete nacional de 13 de junho na porta da Cipla, os trabalhadores da Flaskô e apoiadores do movimento das fábricas ocupadas do estado de SP realizaram um ato em comemoração aos quatro anos de ocupação da fábrica.
Numa situação difícil de intervenção judicial-policial na Cipla, que também  atinge a Flaskô e a Vila Operária e Popular em conseqüência da ligação que existe na prática entre as fábricas, todos nós demos mais uma prova de que só a luta e a solidariedade de classe pode salvar a humanidade do desemprego, da exclusão social e da miséria.
Emocionado, o coordenador-geral do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Alem Santinho, lembrou os quatro anos de intensa luta para manter a empresa aberta e o absurdo que é a intervenção, pois foi motivada por uma ação do INSS, ligado ao ministro da Previdência, Luís Marinho e, portanto, ao governo Lula.
O próprio governo que os trabalhadores re-elegeram para derrotar a burguesia ligada ao PSDB/PFL se une com a patronal do setor plástico (ABIPLAST) e com Paulo Skaf (presidente da FIESP) para impor uma intervenção judicial contra a Cipla-Interfibra, executada com forte aparato da Polícia Federal (ligada ao ministro da Justiça, Tarso Genro).
Dois ônibus vieram de SP para o ato na Flaskô, depois um deles ainda seguiu viagem a Joinville/SC com uma representativa delegação: trabalhadores da Ellen Metal, estudantes e funcionários da USP que ocupam a reitoria, Sind dos Ferroviários de Bauru, MT e MS, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), estudantes da UNICAMP em greve, Movimento Hip Hop Cidadania, moradores da Vila Operária e Popular e de bairros da região, além de militantes da Esquerda Marxista do PT e da organização LER-QUI.
A polícia militar tentou pressionar contra a realização do ato, mas os PMs foram recebidos com os portões fechados e tiveram que se retirar, sem causar danos à legítima manifestação das 200 pessoas presentes. No encerramento do ato, os companheiros do MTST ainda puxaram uma animada mística e palavras-de-ordem revolucionárias.


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sexta-feira, junho 8

Ato Nacional pelo fim da intervenção na CIPLA e INTERFIBRA

 

Ato Nacional pelo fim da intervenção na CIPLA e INTERFIBRA

13 de junho/2007

10:00 hs – Rua São Paulo, 1.600 – Joinville/SC

 

Dia 31 de maio, às 07:00hs da manhã, 150 policiais federais armados até os dentes invadiram a Cipla, fábrica controlada pelos trabalhadores desde 2002, e "empossaram" um interventor nomeado por um juiz federal com base em um pedido feito pelo INSS (Ministério da Previdência Social).

A direção eleita pelos trabalhadores e outros trabalhadores escolhidos a dedo foram expulsos ou impedidos de entrar. O terror armado é imposto na fábrica.

Uma das primeiras providências do interventor foi cobrir com uma lona negra a enorme placa na entrada da fábrica que dizia: CIPLA, empresa controlada pelos trabalhadores". 

O objetivo oficial da operação de ocupação da  Cipla e Interfibra é garantir a penhora sobre o faturamento, para pagar dívida milionária ao INSS deixada pelos antigos proprietários, Luis e Anselmo Batschauer, datada de 1998. O objetivo verdadeiro é fechar estas empresas controladas pelos trabalhadores.

Os trabalhadores que integram as comissões de fábrica, ativistas estão sob duros ataques dos patrões, do poder judiciário, da imprensa, de sindicatos e sindicalistas pelegos como o dos Plásticos de Joinville, e de toda a burguesia e do patronato do país.

Um Comitê pelo Fim da Intervenção na Cipla foi constituído no dia seguinte pela CUT e diversos sindicatos, MST, CDH, deputados, vereadores, partidos, dezenas de associações e outras organizações políticas e populares.

Fábricas recuperadas por trabalhadores e se mobilizam frente às embaixadas brasileiras na Argentina, na Venezuela, na Bolívia, no Uruguai, no Paraguai, nos EUA e dezenas de outros países na Europa, África e Ásia.

A campanha de apoio se estendeu pelo Brasil, e pelo mundo, com milhares de mensagens aos ministros do governo Lula e ao juiz federal responsável pela intervenção policial/militar na Cipla.

Agora todos estão convidados para expressar sua solidariedade e apoio manifestando sua indignação contra este ato de ditadura militar contra os trabalhadores e seus legítimos dirigentes eleitos.

Companheiros, a sua presença e de sua entidade será fundamental para o sucesso do ato, de ânimo para os trabalhadores em luta, e uma demonstração para os patrões e para o estado que os trabalhadores da CIPLA, INTERFIBRA não estão sozinhos nesta luta.

Todos juntos pelo fim da Intervenção na CIPLA e INTERFIBRA!

Viva a luta da classe trabalhadora por um futuro para a humanidade!

Comitê Pelo Fim da Intervenção na CIPLA e INTERFIBRA

Comissão de Fábrica da Cipla e Interfibra

Para confirmar presença entre em contato:

Maritânia Camargo Fone: (47) 84 03 02 66 e-mail: maritaniacamargo@ig.com.br

Serge Goulart: Fone: (47) 99 63 30 15 e-mail:sergegoulart@terra.com.br

Sanitários Maracay em solidariedade com CIPLA Brasil (em Portugues)

Sanitários Maracay em solidariedade com CIPLA Brasil

escrito por Trabalhadores de Sanitários Maracay

quinta-feira, 07 de junho de 2007

 

Contra a ocupação da fábrica CIPLA pela policia federal.

 

 

O presidente Lula da Silva deve defender os direitos dos operários, setor de onde o vem.

Senhor Presidente da Republica de Brasil Luiz Inacio Lula dá Silva, Srs. Ministros

 

Os TRABALHADORES DE SANITÁRIOS MARACAY EXIGIMOS A IMEDIATA RETIRADA DOS MILITARES DA PLANTA DE FABRICA A OCUPADA PELOS TRABALHADORES, FORA O INTERVENTOR DE CIPLA - CIDADE DE JOINVILLE- E DO SANTA CATARINA-BRASIL

 

Senhor Presidente, Senhores Ministros

 

Nós, trabalhadores da Fabrica Sanitários Maracay, reunidos em Assembleia Geral de nossa fábrica tomada pelos trabalhadores, estamos em luta desde o 14 novembro de 2006, em defesa de nossos direitos, em defesa de nossos postos de trabalho, de nossas vidas.

Tomámos todas as instalações da fábrica pois o patrão se retirou, nos ameaçando com o fechamento da fábrica. Nós nos precisámos de patrões. O capitalismo é a desgraça da humanidade. Esta luta tanto quanto a luta que nossos irmãos, trabalhadores de CIPLA, levam a mais de 4 anos em seu país.

Nós estamos a trabalhar em irmandade e solidariedad com os trabalhadores de CIPLA e não podemos aceitar que o governo Lula, que seus ministros, que têm origem no Partido de Trabalhadores e na classe operária, tenham permitido e autorizado que a Polícia Federal, em nome dos patrões, e do Estado, a ter invadido a planta de CIPLA e proibido que os trabalhadores continuassem a produzir sob controle operário.

Não há justificativa para tão monstruoso ataque aos direitos elementares dos trabalhadores.

Sr. Presidente, você que em anos passados foi preso pelas tropas da ditadura militar sabe que a repressão somente serve aos interesses capitalistas. Se há uma dívida do patrão para com o Estado esta dívida deve ser cobrada do patrão e não dos trabalhadores. Se há alguma pessoa que deve ser presa, esta pessoa deve ser o patrão que abandonou, roubo e masacrou aos trabalhadores.

Sr. Presidente, senhores Ministros, não é possível que sejam tão insensiveis em não perceber que o bandido está no outro lado da barricada.

Sr. Presidente seu mandato pertence ao povo e aos trabalhadores. Tenha respeito para com quem elegeu-o.

  • SOLICITAMOS A IMEDIATA RETIRADA DAS TROPAS DE CIPLA!
  • FORA O INTERVENTOR BURGUES! QUE NENHUM COMPANHEIROS DO COMITÉ DE FABRICA OU QUALQUER OUTRO TRABALHADOR SEJA AMEAÇADO DE PRISÃO OU DE SER DESPEDIDO.
  • A CIPLA DE VOLTA PARA SEUS TRABALHADORES E SEU COMITÉ DE FÁBRICA.
  • PRISÃO SIM: MAS DO PATRÃO LADRÃO.
  • VIVA OS TRABALHADORES DA CIPLA E DE TODAS AS FÁBRICAS DO MUNDO EM LUTA PELA ESTATIZAÇÃO E PELO CONTROLE OPERÁRIO.
  • VIVA A REVOLUÇÃO SOCIALISTA!

 

ASSEMBLEIA GERAL DE TRABALHADORES DE SANITÁRIOS MARACAY FABRICA TOMADA SOB CONTROLE OPERÁRIO

 

Em nome de todos os trabalhadores e da Assembleia Junta Directora do Sindicato-SINTRAPICEA e Comité de Fábrica Estado de Aragua- Venezuela Maracay,

05 de junho de 2007

 

 

quinta-feira, junho 7

Apelo: em defesa dos trabalhadores de Cipla (Brasil)

 
Apelo: em defesa dos trabalhadores de Cipla (Brasil)
 
Alan Woods

quarta-feira, 06 de junho de 2007

 

Com a mais absoluta indignação, inteirei-me da ocupação brutal da fábrica Cipla em Joinville (Brasil) por parte das forças repressivas do Estado e da demissão dos dirigentes operários. É incrível que sob um governo encabeçado por Lula, presenciamos ações deste tipo que nos recordam aos lamentáveis dias de governo militar em Brasil. Tive a honra de participar na Conferência Panamericana de Fábricas Ocupadas que se celebrou em Joinville no mês de dezembro passado, na fábrica Cipla, com a presença a mais de 1.000 trabalhadores. Ali pode se ver o tremendo espírito de luta destes trabalhadores e a forma maravilhosa pela qual dirigiam a fábrica sob o controle dos trabalhadores. As instalações estavam limpíssimas e muito bem dirigidas em todos os níveis. Os trabalhadores administravam a fábrica de uma forma mais eficiente que qualquer empresa capitalista privada, demonstravam um orgulho óbvio e justificado ante suas conquistas.

O único "crime" dos trabalhadores da Cipla foi lutar pelo direito a trabalhar e aprender a ganhar- um pedaço de pão para suas famílias. Os proprietários tinham levado a fábrica à falencai e a ruína, fazendo inevitável o fechamento. Os trabalhadores salvaram-na e têm-na estado dirigindo sob controle democrático. Sua luta inspirava aos trabalhadores de todo Brasil e do resto das Américas. Criaram  condições modelos para a fábrica, incluída a jornada de 30 horas semanais, enquanto seguiam produzindo com uma grande eficácia.

A situação era intolerável para os empresários decididos a terminar com a ocupação, já que estavam a converter-se num ponto de atenção para os trabalhadores militantes. É a única razão do ocorrido na semana passada em Joinville. É evidente que os capitalistas e seus agentes no Estado, querem dar um exemplo aos dirigentes da ocupação. Não só lhes despediram, mas também os ameaçaram com prisão e julgamento. Se os empresários saírem-se como vitoriosos, daria luz verde aos ataques contra outros trabalhadores e camponeses que estão a lutar por seus direitos em Brasil.

É um dever elementar de todos os trabalhadores, sindicalistas, socialistas e progressistas, defender aos trabalhadores perseguidos de Cipla e protestar contra este ato de repressão injusto e arbitrário. O governo de Lula foi eleito com os votos de milhões de trabalhadores e camponeses pobres para que representasse seus interesses, não aos dos banqueiros, capitalistas e latifundiários.

Os trabalhadores do Brasil e de todo mundo não esperam que Lula e seu governo atuem como fizeram no passado os governos de direitas anti operários!

Faço um apelo a todos os trabalhadores para que enviem cartas de protesto às embaixadas e consulados brasileiros dirigidas a Lula e o governo.

O movimento operário internacional deve pressionar imediatamente às autoridades brasileiras para que retirem todos as ameaças contra os trabalhadores da Cipla e os reincorporem imediatamente a seus postos de trabalho e posições.

Enviem mensagens de apoio aos trabalhadores de Cipla e expressai vossa solidariedade com ações de protesto. Que os trabalhadores brasileiros saibam que não estão sozinhos. Levantemos nossa voz condenando esta monstruosa injustiça contra trabalhadores que estão lutando por seus direitos básicos.

Um ataque contra um é um ataque contra todos!

Trabalhadores do mundo uni-vos!

 

Londres, 6 de junho de 2007

 

domingo, junho 3

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Interventor implanta regime
de terror dentro das Fábricas

Para garantir mandado de intervenção judicial administrativa da Cipla
e Interfibra, mais de 100 policiais federais fortemente armados invadiram,
na manhã do dia 31, a Cipla e a Interfibra. Expulsaram os atuais membros
da Comissão que dirigem as empresas e implantaram um regime de
terror dentro das Fábricas.

 

1.      Está claro que a intervenção na Cipla/ Interfibra/ Flaskô não prevê a recuperação das empresas, mas o fechamento com a destruição dos postos de trabalho de mil pais e mães de família; 

2.      Esta conclusão é possível constatar nos termos do Mandado Judicial: "poder-se-á notar que o CUSTO SOCIAL da manutenção desses mil postos de trabalho é EXCESSIVAMENTE ALTO (...) talvez o momento seja propicio para que a sociedade joinvilense faça a seguinte reflexão: será que a manutenção do Grupo Cipla, gera, de fato, o bem à sociedade? Será que sua existência não estaria mais para um mal do que para um bem social?". Em outras palavras, está dizendo: "Será que não é melhor fechar estas fábricas e jogar na lata do lixo os mil empregos?";

3.      O Mandado determina como prioridades da intervenção, acertar, "desde o inicio (...) as obrigações fiscais, previdenciárias e os encargos sociais", o repasse mensal de 5% do faturamento para pagamento das dividas dos patrões e 3% para a Justiça do Trabalho, além do salário vultuoso do interventor;

4.      O INSS sabe que é impossível para a Cipla/ Interfibra honrar estes compromissos. Afinal, os trabalhadores assumiram as fabricas após uma greve para manter seus empregos e receber seus salários. Após o diagnóstico feito pela Comissão de Fábrica e pelo BNDES, BRDE e BADESC, foi constatada uma divida impagável de mais de quinhentos milhões de reais deixada pelos patrões. Se o INSS continuar a "ferro e fogo" para receber o que lhe é devido, a fábrica fecha e o órgão não recebe mais nada. O resultado será uma tragédia social que vai sujar a imagem do Governo Federal por não ter cumprido com as promessas de acordo com INSS e Fazenda feitas aos trabalhadores em junho de 2005;  

5.      Para garantir a decisão política de fechar as fábricas, o Mandado Judicial, afastou a Comissão de Fábrica, impediu a entrada e permanência de alguns de seus membros e nomeou um interventor, Sr. Rainoldo Uessler, de Florianópolis, a pedido do INSS;

6.      Extrapolando a decisão judicial, o interventor está encaminhando uma lista de mais de cinqüenta trabalhadores para serem demitidos, embora tenha falado para a imprensa que ninguém seria demitido;

7.      No chão de fábrica está instalado um clima de terror, onde cinco seguranças contratados pelo interventor circulam pela fabrica para impedir qualquer conversa entre os operários, o que era comum na gestão da Comissão de Fábrica. Antes os operários trabalhavam alegres, descontraídos. Hoje, trabalham de cabeça baixa e assustados;

8.      Para dar fim a esta situação, o Comitê está mobilizando no Brasil e no exterior, sindicatos, movimentos sociais, lideranças populares e políticas para enviarem moções e pressionarem os Ministérios da Justiça, do Trabalho e da Previdência Social para que determine a Justiça Federal a reintegração à administração de todos os membros da Comissão de Fábrica e a retirada do interventor.

9.      Por fim, o Comitê repudia a atitude pelega e absurda do Sindicato dos Plásticos em respaldar a tentativa de fechamento das fábricas promovida pelo INSS e aceita pelo interventor, assim como o clima de terror instalado no chão de fábrica.

Comitê pelo fim da intervenção nas Fabricas Ocupadas

  
JUSTIÇA FEDERAL TRATA
TRABALHADOR COMO
BANDIDO E QUER FECHAR
 AS FÁBRICAS OCUPADAS

 

Para garantir mandado de intervenção judicial administrativa da Cipla e Interfibra, 150 policiais federais fortemente armados invadiram, nesta manhã, 31, as Fábricas Ocupadas. Expulsaram os atuais membros da Comissão que dirigem as empresas e já determinou mas de 100 demissões.

O objetivo, da ação expedida pelo juiz federal Oziel Francisco de Souza é a penhora sobre faturamento cobrar dívida milionária com o INSS deixada pelos antigos administradores Luis e Anselmo Batschauer, datada de 1998, nem que isso resulte no fechamento das empresas.

"- Lutamos tanto nesses quatro anos para sobreviver nas fábricas. Quando vi a polícia dentro do pátio, achei que era um pesadelo e iria acordar", disse um operador de máquina da Cipla.

 Segundo o documento baseado em mentiras e calúnias infundadas feitas pelo Sindicato dos Plásticos de Joinville, "poder-se-á notar que o custo social da manutenção desses mil postos de trabalho é excessivamente alto. A partir daí, é possível até se sustentar que o custo para a sociedade é desproporcional ao benefício social gerado". (...)

"será que a manutenção do Grupo Cipla, gera, de fato, o bem à sociedade? Será que sua existência não estaria mais para um mal do que para um bem social?"

Como entender que o custo social gerado pela manutenção da fábrica é maior que o benefício gerado à mil famílias dependentes desses empregos? As dívidas cobradas são de responsabilidade dos patrões e dos governos e não dos trabalhadores que ocuparam as fábricas para garantir os empregos e direitos.

 

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE

 

Os trabalhadores não são bandidos e exigem a retirada da polícia federal e militar e do interventor judicial do parque fabril. Assim como a reintegração dos demitidos e dos poderes administrativos aos membros da Comissão de Fábrica eleita.

Uma campanha em solidariedade à luta das Fábricas Ocupadas está sendo feita por vários Sindicatos, federações e lideranças sociais nacionais e internacionais. Moções pedem a solidariedade e o apoio a todas as organizações sociais operárias da cidade e do campo para essa luta!
 

Joinville, 31 de maio de 2007.

Veja também o Blog da Flaskô

Carta Aberta à População

Abaixo, modelo de Moção Para:

 

Dr. Tarso Genro
Ministro de Estado da Justiça do Brasil
Esplanada dos Ministérios – Bloco T – Edifício Sede
CEP 70064-900 – Brasília – DF  
Fax : (61) 3322-6817 E-mail: gabinetemj@mj.gov.br

Luiz Marinho
Ministro de Estado da Previdência do Brasil
Esplanada dos Ministérios – Bloco F
CEP 70059-900 – Brasília – DF  
E-Mail: gm.mps@previdencia.gov.br

 

Carlos Lupi
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego
Esplanada dos Ministérios – Bloco F
CEP 70059-900 – Brasília – DF  
E-Mail: gm@mte.gov.br

 

Dr. Oziel  Francisco de Souza
Juiz Federal da Vara de Execuções Fiscais de Joinville
Rua do Príncipe, 123 – Centro
89201-001 – Joinville – SC
E-Mail: SCJOIEF01@jfsc.gov.br

 

Rainoldo Uessler
Interventor da Cipla
Rua São Paulo, 1600 – Bucarein
89202-200 – Joinville – SC

 


 

Assunto: intervenção judicial a pedido do INSS e executada pela Polícia Federal na Cipla/Interfibra para garantir o seu fechamento e o fim de mais de mil postos de trabalho.

 

Prezados Senhores:

Vimos através do presente expediente até Vossas Excelências, para externar nossa preocupação com a intervenção judicial nas empresas Cipla e Interfibra, que desde 1º de novembro de 2002 se encontram sob o controle e administração dos seus próprios trabalhadores.

 

Ainda mais preocupante é o fato do cumprimento da decisão judicial ter sido sustentada por um aparato policial federal de mais de 150 homens, e em intervenção pedida em processo movido pelo INSS.

 

Solicitamos imediatas providências desses três Ministérios, para que seja retirada a Polícia Federal da fábrica e suspensa a intervenção judicial, com o retorno da legítima direção da empresa eleita pelos trabalhadores.

 

Aguardamos que o bom senso prevaleça.

 

Atenciosamente,

 
Pedro Santinho
Coordenador Conselho de Fábrica
Flaskô Sob o Controle dos Trabalhadores