domingo, julho 29

Coordenador da fábrica ocupada Flasko é ameaçado de sequestro


No último sábado o Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô Pedro Santinho, recebeu duas ligações ameaçando sequestrar seu filho se não abandonasse a luta na fábrica ocupada Flaskô. Diante disso registrou boletim de ocorrencia na policia. E adotou medidas de segurança na fábrica.


No entanto, o que poderia parecer brincadeira, continuou. No mesmo dia a noite, e no domingo pela manhã, as ligações continuaram na própria Flaskô. As ligações eram de uma mulher que ameaçou dizendo que Pedro Santinho deve abandonar a Flaskô ou "seu filho e parentes próximos podem sofrer muito".


A quem interessa desestabilizar o Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Santinho, e sua familia?


Desde a invasão policial realizada na Cipla e Interfibra em 31 de maio, Pedro Santinho tem organizado o combate contra a intervenção nas fábricas ocupadas, e em particular junto a todos os membros do Conselho de Fábrica da Flaskô, e a própria batalha que tem travado o Comite contra a intervenção em Joinville, conseguiu organizar a resistência na fábrica ocupada Flaskô. O que garantiu o funcionamento da mesma após a intervenção na Cipla e Interfibra durante 21 dias quando os trabalhadores e centenas de apoiadores expulsaram o interventor de sua tentativa de invasão da Flaskô. Também organizou a resistencia e a luta pela religação da energia realizada a mando do interventor para tentar acabar com a luta na Flaskô.


Sabemos que o fechamento das fábricas ocupadas interessa a ABIPLAST (Associação Brasileira das Industrias Plasticas), a FIESP (Federação das Insdustrias do Estado de São Paulo) e a todos aqueles incomodados a luta de resistencia do movimento das fábricas ocupadas no Brasil. Interessa diretamente ao interventor que invadiu a Cipla e a Interfibra a pedido do INSS (que está sob o comando de um Ministério dirigido pelo ex-sindicalista e ex-Presidente da CUT, Luis Marinho).


Temos muito claro que o único objetivo com estas ameaças e outras intimadações que possam continuar contra o Coordenador do Conselho de Fábrica e os demais trabalhadores, tem como objetivo claro tentar acabar com a luta das fábricas ocupadas, em particular com a luta na Flaskô que resiste há 50 dias e é um exemplo e ânimo a todos os trabalhadores das fábricas ocupadas.


Não conseguiram intimidar os trabalhadores! Ampliaremos nossa luta!


Há mais de 30 dias os trabalhadores da Flaskô se manter organizados e coesos em sua luta para re-colocar a fábrica para trabalhar, religando a energia e retomando a produção sob o controle operário.


É bom lembrar que, assim que houve a tentantiva de internveção na Flaskô e diante da resistencia dos trabalhadores, o intervetor Rainoldo Uessler, ligou por duas vezes para Pedro Santinho afirmando que voltaria a fábrica, "com a policia federal, com o exercito, a marinha ou qualquer um. Mas me espere que eu vou voltar."


Não há duvida que estas ameaças tem como origem política mais uma tentativa fascista de intimidar o coordenador do Conselho e assim acabar com a luta na Flaskô, destruindo assim a resisitencia que se mantém. Mas não aceitaremos nenhuma intimidação. Estamos organizados para nos defender. Vamos assionar imediatamente todos os orgãos da justiça e mais do que isso exigir que o Presidente Lula, o Sr. Ministro Luis Marinho e o sr. Ministro da Justiça Tarso Genro se pronunciem e tome medidas para acabar com tudo isso. E todos nós sabemos que a solução é a retirada imediata da intervenção federal nas fábricas ocupadas e a estatização das fábricas ocupadas sob o controle democrativos dos próprios trabalhadores.


Os trabalhadores já foram muito long: foram 4 anos de controle e recuperação da fábrica. São 45 dias resistindo contra tentativas de invasão pelo interventor fascista e 30 dias no escuro sem energia.


"Vamos organizar a resistencia, nossa auto-defesa. E mais do que isso vamos a ofensiva porque sabemos que a solução é podermos retornar a nossos postos de trabalho e os companheiros da Cipla e Interfibra para o controle das fábricas", conclui Pedro Santinho

Toyota a beira de uma greve, trabalhadores inconformados com postura da empresa

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Toyota a beira de uma greve, trabalhadores inconformados com postura da empresa
escrito por José Antonio García (Coordenador UNT)
terça-feira, 24 de julho de 2007
 
Os directores da empresa Toyota e do sindicato SINTRATOYOTA reuniram-se na ultima quinta-feira 19 de julho na sede da Inspetoría do Trabalho para escutar as respostas as petições apresentadas a empresa, as mesmas respostas que não foram aceitas pelos trabalhadores e diante do qual a representação sindical solicitou ao despachante que marcasse uma próxima audiência para estabelecer os serviços mínimos de segurança e dar início à greve.
Os directores de Sintratoyota, Alfredo Lunar, Pedro Maita, Cruz Rodríguez e Antonio Hernández informaram que durante a última reunião deste conflito, a empresa não deu respostas no sentido de procurar formas de evitar o crescente aumento das doenças profissionais, nem do aumento na cobertura do HCM pelo alça especulativa das clínicas privadas, além do mais não quer adsorber os trabalhadores de NSI e JOMIPE empresas contratadas dentro das planta que já têm mas 100 trabalhadores que realizam trabalhos inerentes à produção e que não gozam da convenção coletiva tercerizando com isto sua condição.
Por outro lado, não apresentaram propostas sobre a incidencia do aumento pelas altas vendas que tiveram nos últimos anos e muito especialmente neste, contrariando o estabelecido em nossa Lei Orgânica do Trabalho que diz maior produção, então maior salário. Expressaram que visto a falta de respostas da empresa para solucionar a problemática solicitaram ao despachante do trabalho que fixasse a próxima reunião, a mesma que realizar-se-á na próxima quarta-feira 25 de julho a fim de estabelecer os serviços mínimos para ir a greve.
Coordenadores da Federação de Trabalhadores UNT Sucre Freddy Jiménez, Gustavo Guzmán e Joel Level manifestaram seu apoio às ações que se levassem a cabo os trabalhadores de Toyota e estarão presentes na greve. Expressaram que não se pode permitir que em consequência do trabalho se adoeçam os trabalhadores, que existam contratas que tercerizam e exploram, ademais que devem lhe lhe dar solução ao problema de HCM e incidencia da produção no salário dos trabalhadores.
Finalizaram dizendo "a consciência aumenta a cada dia que passa para os trabalhadores, hoje em dia sabemos que os HCM pelos quais lutamos são consequência das políticas privatizadoras de Governações capitalitas da Quarta republica, mas que a luta será por que seja um direito GRATITUITO de tudo venezolanazo".
 
 

quarta-feira, julho 11

Nota de solidariedade à CIPLA/FLASKÔ (fabricas ocupadas)


Tirem as mãos das fábricas ocupadas!
Por uma rede de solidariedade a luta dos trabalhadores.
Atualmente a burguesia e o governo Lula vem realizando um intenso ataque em duas fábricas que estão ocupadas e produzindo sobre controle dos próprios trabalhadores há quase cinco anos, a CIPLA/Interfibras de Joinville-SC e a Flaskô de Sumaré-SP. No dia 31 de junho, cerca de 150 homens da Polícia Federal invadiram a CIPLA e a Interfibra com ordens judiciais e mandatos de prisão contra os dirigentes das fábricas, demitindo cerca de 100 operários, a começar pelos membros do Conselho de Fábrica eleitos em assembléia. Não tardou para que esta intervenção chegasse até a Flaskô. Estas ações fazem parte de uma ação reacionária por parte do governo Lula, aliado do capital e do imperialismo, para atacar os trabalhadores.
No caso da Flaskô, a intervenção foi mais escandalosa, pois os "paus-mandados" não tinham respaldo jurídico para intervir nesta fábrica. Mas como estas duas atuam conjuntamente, num sistema interligado de produção e comunicação, é fundamental para a patronal acabar com as duas fábricas de uma só vez. Entretanto, não foi tão fácil assim em Sumaré. No dia 20 de junho, logo após intervirem na fábrica demitindo três dirigentes, os trabalhadores reagiram paralisando a produção. No dia seguinte, os operários, em conjunto com outros movimentos e entidades que vieram prestar solidariedade à Flakô, expulsaram o interventor da fábrica. Este, então, partiu para a sabotagem, articulando com a CPFL, empresa privatizada que estava negociando as contas de energia atrasadas com a Flaskô, o corte de sua energia, que acabou acontecendo no dia 27 de junho às 17h55. O corte foi revertido, após uma ação judicial que obrigou a CPFL a religar a energia.
Na maioria dos casos, as ocupações de fábricas surgem como o último recurso dos trabalhadores para manterem os seus empregos. Trata-se de uma ação radical contra o capital, inadmissível nos marcos do regime burguês e da propriedade privada. Em todos os processos de ocupações de fábricas que aconteceram na história, o aparato burguês se mobilizou para destruí-las: da patronal e suas entidades, passando pela polícia e a justiça, até os governos. Necessitam de todos estes recursos porque sabem que uma ocupação de fábrica é uma experiência que os trabalhadores não podem adquirir: aprendem a gestionar a fábrica e descobrem que não necessitam do patrão; aprendem que podem racionalizar a produção de uma fábrica, e concluem que também podem planificar a economia nacional; e que se podem controlar uma fábrica, podem controlar um país; ou seja, experimentam a concretude da construção uma sociedade sem dominação capitalista e sem classes.
O governo Lula necessita acabar com estas ocupações, assim como os cada vez mais freqüentes processos de luta da classe operária, pois precisa cumprir seus compromissos com a burguesia e o imperialismo, abrindo espaço para que estes lucrem mais pela exploração. Somente atacando os trabalhadores, como é o caso da restrição ao direito de greve, conseguirá implementar de forma "tranquila" as reformas neoliberais (trabalhista, sindical, previdenciária) . Qualquer luta dos trabalhadores que venha no sentido contrário, é uma ameaça a estes projetos.
Estes ataques não se dão apenas no Brasil, no entanto, mas em todo o mundo. Na Venezuela, o governo de Hugo Chavez, que para muitos lutadores é um governo na América Latina à esquerda de Lula e que se iludem com o discurso de socialismo do século XXI, reprimiu com a polícia e a Guarda Nacional os trabalhadores da fábrica ocupada Sanitários de Maracay no dia 24 de abril, quando estes faziam uma marcha pela estatização da fábrica sob controle operário. Chavez precisou reprimir, pois sabe que esta reivindicação é contrária a sua atual política de semi-nacionalizaçã o com indenização aos patrões. Como resposta, os trabalhadores e trabalhadoras da região organizaram uma importante paralisação operária regional de mais de cem fábricas no dia 21 de maio, em solidariedade a esta importante luta e contra a repressão. Este é um exemplo de solidariedade operária que devemos seguir no Brasil. O Sindicato dos Químicos de Campinas, que representa o segundo ramo mais importante da produção industrial da região, que atualmente é dirigido por um setor do PSOL, deveria organizar uma grande campanha em defesa da Flaskô e organizar uma paralisação da produção em diversas fábricas da categoria caso a Flaskô seja atacada mais uma vez.
Nós, do Movimento A Plenos Pulmões, que lutamos em cada universidade por um movimento estudantil aliado aos trabalhadores, queremos organizar uma rede de solidariedade a Flaskô contra a intervenção e a repressão. Achamos que devemos seguir o exemplo dos companheiros estudantes de Neuquén (Argentina), da Universidade de Comahue, que se ligaram aos trabalhadores da fábrica Zanon, quando esta foi ocupada e colocada sob controle operário em 2002. Achamos que os estudantes podem cumprir um papel importante nesta luta, não apenas estando ombro a ombro nos piquetes contra a intervenção, mas também disponibilizando os recursos e o conhecimento da universidade a serviço da manutenção e expansão das fábricas ocupadas sob controle operário e de todas as lutas operárias.
- Nenhuma intervenção contra a Flaskô;
- Fora interventores da CIPLA;
- Nenhuma repressão aos lutadores da CIPLA e Flaskô;
- Que os Sindicatos da região de Campinas organizem uma rede ativa de solidariedade à Flaskô;
- Que a CUT, Força Sindical, Conlutas e Intersindical organizem uma campanha nacional em defesa das fábricas ocupadas do Brasil, Venezuela e Argentina;
- Pela estatização sem indenização de todas as fabricas ocupadas sob controle operário.
Movimento A Plenos Pulmões

segunda-feira, julho 9

MOÇÃO PUBLICA EM DEFESA DA LUTA DOS TRABALHADORES DAS FABRICAS CIPLA E INTERFIBRA DE JOINVILE – SANTA CATARINA

                  Partido dos trabalhadores

Diretório Municipal de Joinville

 MOÇÃO PUBLICA EM DEFESA DA LUTA DOS TRABALHADORES DAS FABRICAS CIPLA E INTERFIBRA DE JOINVILE – SANTA CATARINA

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, reunido em 07  de julho de 2007 manifesta-se por consenso à sociedade Joinvilense contra a intervenção judicial decretada nas empresas Cipla e Interfira.

Manifesta-se, incondicionalmente, à defesa dos trabalhadores(as), ao processo autogestionário de administração, à garantia e manutenção dos postos de trabalho e à livre organização da classe trabalhadora na defesa de seus interesses;

Rechaça toda e qualquer operação que utilize a  força militar ou civil, similar, a que foi utilizada no processo de intervenção no dia 31 de maio de 2007, por entender que fere a democracia, o direito e criminaliza, por antecipação, a classe trabalhadora;

Requer o fim imediato da intervenção, a anulação dos atos do interventor, a convocação imediata de uma assembléia geral dos trabalhadores.

Compromete-se na defesa da transparência e ética, de conduzir a política e o debate com os militantes para que, em conjunto com as entidades do movimento sindical, popular e social e o poder publico, busquem alternativas de gestão para as fabricas cipla e Interfibra.

Manifesta a defesa e solidariedade aos dirigentes e figuras públicas, alvos de calunia, criminzalização, difamação e formação de juízo antecipado.

Joinvile, 07 de Julho de 2007.

segunda-feira, julho 2

Mais uma vitória: Justiça federal de Campinas manda CPFL religar a energia na Flaskô


Os trabalhadores da Flaskô acabam de receber uma boa notícia: o juiz federal José Mario Barreto Pedrazolli, da Vara de Campinas/SP decidiu intimar a CPFL a restabelecer o fornecimento de energia elétrica “em face do evidente perigo de lesão” à fábrica. Sabemos que forças poderosas se agruparam para tentar destruir o movimento das fábricas ocupadas e, portanto, somente com a continuidade e ampliação da nossa luta conseguiremos por um fim à intervenção na Cipla e Interfibra e ainda manter a Flaskô funcionando sob controle operário.Com certeza irão recorrer da decisão do juiz, mas estaremos mais alertas do que nunca para evitar um novo corte de energia e tentaremos mostrar que a CPFL deve negociar as dívidas com os trabalhadores e não com o interventor da Cipla e Interfibra, até porque o Sr Rainoldo Uessler não tem poderes judiciais para falar em nome da Flaskô.Para isso, a reunião de logo mais (hoje, 02/07, às 19h) do Comitê pelo Fim da Intervenção nas Fábricas Ocupadas terá grande importância para mantermos a pressão sobre a CPFL e para prepararmos nossa delegação ao ato nacional do dia 04/07 convocado pela CUT em Brasília, onde exigiremos do presidente Lula e do ministro da Previdência Luís Marinho a retirada imediata da intervenção federal contra a Cipla, Interfibra e Flaskô.A luta das fábricas ocupadas continua e continuará a brilhar!Venceremos!