TOTAL APOIO À OCUPAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO - CAMPINAS
Na madrugada do dia 28 para o dia 29, cerca de 300 famílias ocuparam uma área em Campinas na Av. das Amoreiras, próximo ao Jd. Maria Rosa, a ocupação faz parte da Jornada nacional de ocupações urbanas, construídas com movimentos sociais de outros estados do país. Além de campinas, foram ocupadas também pelo MTST, uma área em Mauá e Embú das Artes.A proposta da Jornada é de retomar a luta por uma vida digna, com boas condições de moradia, saúde, educação, trabalho entre outras coisas, exigindo uma Reforma Urbana que possa propiciar ao povo pobre a construção de uma outra. E também demandar ao governo federal a destinação das verbas do PAC para a construção de moradias populares e não de grandes obras, ou empreendimentos imobiliários.As três ocupações se mantém no local, e crescem. Em campinas a área de cerca de 160 mil metros quadrados, é uma área particular de uma família de 8 donos que devem ao poder publico 10 anos de IPTU, cerca de 2,5 milhões de reais, é uma área que estava ociosa a mais de 20 anos e improdutiva.O MTST reivindica que a área seja desapropriada pelo município e destinada à construção de moradias populares.Os donos tentaram entrar na justiça com o pedido de reintegração de posse no dia seguinte à ocupação, mas o juiz desconsiderou a urgência do caso e considerou as provas insuficientes. Hoje, a ocupação completa quatro dias, e não se tem mais noticias sobre a reintegração de posse.Campinas é uma cidade onde existem grandes extensões de terras ociosas, e 400 mil famílias vivem em áreas não regularizadas, alem de 36 mil habitantes que esperam a anos na fila da COHAB, sem ter a onde morar. Nós acreditamos que a vida vale mais do que a propriedade privada, portanto não podemos permitir que famílias que vivam em beiras de rios e esgotos, junto a ratos e doenças enquanto governantes moram em palácios e andam de carros importados.Infelizmente nesta sociedade que vivemos onde manda quem tem dinheiro, a única forma dos trabalhadores garantirem seus direitos constitucionais é lutando nas ruas e exigindo organizadamente dos representantes eleitos, uma administração que garanta para o povo pobre sua dignidade, e não aos ricos sua segurança de ter ao fim do mês mais riqueza acumulada. Também por isso apoiamos todas as lutas dos trabalhadores e acreditamos que é fundamental a unificação dos lutadores neste momento de ataque ao povo pobre.
Natalia Szermeta
Coordenadora Estadual do MTST
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