quarta-feira, fevereiro 28

Apoio da Flaskô ao Marcelo Buzzeto

Nós apoiamos a campanha em defesa de MARCELO BUZZETO
Contra a criminalização dos movimentos sociais
 
Nós, trabalhamos da Flaskô, fábrica sob o controle dos trabalhadores, juntamente com os trabalhadores da Cipla e Interfibra, fábricas de Joinville/SC, condenamos a decisão judicial que reprime os movimentos sociais, atingindo diretamente um histórico militante brasileiro, professor universitário e doutorando na Puc-SP.
 
Em tempos atuais, onde a sociedade capitalista diz, hipocritamente, que vivemos numa democracia, o que se verifica, a cada dia mais, é a criminalização das lutas dos sociais. Prisões políticas de militantes socialistas, como a de Marcelo Buzzeto, servem para escancarar a ditadura do capital que vivemos.
 
Buzetto visitava, em 1999, o acampamento Nova Canudos, em Porto Feliz (SP). Houve manifestação dos sem-terra em prol da reforma agrária e para denunciar as precárias condições em que viviam, agravadas pela falta de alimentos. Dois caminhões de transporte de alimentos foram saqueados, sem dano para os motoristas e os veículos. Vários manifestantes foram presos. Buzetto tomou-lhes a defesa e enfrentou a delegada local, que os impedia de acesso a advogados e mantinha uma senhora de 75 anos algemada a uma janela.

Preso 28 dias e incluído no inquérito, Buzetto foi o único indiciado e respondeu processo em liberdade. Em 2006 foi condenado a 6 anos e 4 meses de prisão em regime semi-aberto, com direito ao domiciliar até que houvesse vaga no semi-aberto. Embora com recurso ainda a ser julgado pelo STF, ele se viu coagido a iniciar o cumprimento da pena. Casado e pai de um filho, e com endereço fixo, desde a sentença comparecia todo mês ao fórum.

Em 19 de janeiro último prenderam-no sob a justificativa de que surgira uma vaga no semi-aberto. Ora, há inúmeros condenados que, muito antes dele, aguardam, fora das grades, vaga similar. Levado à delegacia de São Caetano (SP), desde 22 de janeiro encontra-se em São Miguel Paulista , recluso em regime fechado, e sem direito à prisão especial, como reza a lei em se tratando de diplomado em curso superior.
 
A cena é insólita nesta sociedade de inversões, onde vive solto quem deveria estar preso e está preso quem merece a liberdade. O fato é que ricos, quando fazem pressão, estendem à mão ao telefone e são ouvidos pelas autoridades e pela mídia. Alguns, até assinam cheques… Já os pobres não têm alternativa senão a manifestação pública.
 
A intenção é clara e atinge a toda classe oprimida que luta contra a barbárie e, especialmente, aqueles que se arriscam a procurar caminhos para colocar em prática o que pensam. O desafio está posto: Somente com a organização e a solidariedade, o povo oprimido terá força política para enfrentar os mandos e desmandos da classe dominante.
 
 
 
 
 
 
 

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