quarta-feira, maio 16

Metroviários adiam greve e indicam nova data

Metroviários adiam greve e indicam nova data

Luiz Carvalho

Após assembléia na noite de terça-feira (15), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo-CUT/SP resolveu suspender a paralisação que estava marcada para hoje (16).

A decisão aconteceu após reunião com a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Wilma Nogueira da Silva, que propôs a suspensão da demissão de cinco metroviários. Os trabalhadores são diretores do Sindicato e foram punidos pelo governador José Serra por participarem de uma mobilização a favor do veto do presidente Lula à Emenda 3, no dia 23/04.

"A proposta da juíza segue o princípio legal de apurar antes de punir. O Metrô e o governo de São Paulo precisarão provar que os metroviários cometeram um crime contra a empresa. Temos certeza que conseguiremos mostrar a inocência dos trabalhadores", afirmou Manuel Xavier Filho, Secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato.

As partes se encontrarão novamente nesta quinta-feira (16), às 14h30, no Tribunal Regional do Trabalho, para uma audiência de conciliação. A direção do Metrô não aceitou a proposta da juíza.

Nova data de paralisação

Se o governo de São Paulo mantiver a postura intransigente a categoria promete cruzar os braços no próximo dia 23, data de manifestações em todo o país contra a Emenda 3.

"Trata-se de uma data com muito simbolismo, afinal, os trabalhadores foram demitidos exatamente por exercerem a liberdade de expressão e se manifestarem contra a emenda da flexibilização dos direitos trabalhistas", lembrou Xavier.

Antes, no dia 22, acontece uma assembléia para que os metroviários batam o martelo e definam os próximos passos diante da mordaça tucana de moto-Serra.

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