segunda-feira, maio 21

Trabalhadores e trabalhadoras da Sel-Fex clamam atenção governamental

Trabalhadores e trabalhadoras da Sel-Fex clamam atenção governamental

São 17 meses ocupando a fábrica sem cobrar e sem produzir e o governo não lhes dá solução.

 

Escrito por Vive

segunda-feira, 21 de maio de 2007

 

 

São 17 meses que estão vigilantes em resguardo da empresa, mas a resistência se viu vulnerada desde que as instalações foram perpetradas por um grupo de trabalhadores sob o pretexto da invasão; fazem um chamado às instâncias governamentais a apressar-se na solução de sua problemática.

Trabalhadoras e trabalhadores de fabrica de roupa íntima, trajes de banho e roupa esportiva em general, Sel-Fex, clamam às instâncias governamentais apressar-se na solução de sua problemática, pois já são 17 meses que estão vigilantes em resguardo da empresa.

"A experiência que vivemos aqui foi muito triste, a maioria de nos ficamos aqui, aguardando a empresa desde que os empresários a abandonaram em 2005", afirmou perturbada Doura García, uma das trabalhadoras afetadas.

Enquanto Glória Yépez, outra das trabalhadoras indicou, "fomos a todas as instâncias e o que fazemos é encher papéis e papéis e não obtivemos nenhuma solução". Os trabalhadores e as trabalhadoras da Sel-Fex têm na empresa uma trajetória trabalhista que ultrapassa 40 anos de serviço.

Depois de que a empresa fora declarada falida em janeiro de 2006, e de que o Tribunal Trabalhista tomasse a medida cautelar de resguardo de bens moveis e imóveis, os trabalhadores e as trabalhadoras se têm revezado esperando que o Estado se pronuncie diante deste caso.

Mas a resistência viu-se vulnerada desde que as instalações foram perpetradas de madrugada da passada quarta-feira 09 de maio, por um grupo de trabalhadores excusados com seus filhos sob o pretexto da invasão; no entanto, não era asilo o que queriam, pois violaram a caixa forte da empresa tomando os documentos legais que se encontravam nesta; bem como também destroçaram suas instalações, escritórios, oficinas e depósitos.

"Foi um roubo para prejudicar a todos os que estamos aqui trabalhando, cuidando da empresa que é praticamente nossa porque nós temos lutado bastante para manter isto aqui como está", afirmou indignada Glória.

Segundo Elpidio Vermelhas, Secretário de Finanças do Sindicato Único de Trabalhadores Têxteis (Sutratex), suas suspeitas em relação ao sinistro apontam os próprios donos de fabrica que  teriam tomado estas ações "para quebrar a luta dos trabalhadores".

Assim fazem um chamado ao Ministério do Poder Popular para o Trabalho, ao Tribunal Supremo de Justiça e à Assembléia Nacional para que agilizem os tramites pertinentes em relação à fabrica, "já são 17 meses sem receber nem um salário", reiterou Glória Yépez.

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