domingo, junho 3

  
JUSTIÇA FEDERAL TRATA
TRABALHADOR COMO
BANDIDO E QUER FECHAR
 AS FÁBRICAS OCUPADAS

 

Para garantir mandado de intervenção judicial administrativa da Cipla e Interfibra, 150 policiais federais fortemente armados invadiram, nesta manhã, 31, as Fábricas Ocupadas. Expulsaram os atuais membros da Comissão que dirigem as empresas e já determinou mas de 100 demissões.

O objetivo, da ação expedida pelo juiz federal Oziel Francisco de Souza é a penhora sobre faturamento cobrar dívida milionária com o INSS deixada pelos antigos administradores Luis e Anselmo Batschauer, datada de 1998, nem que isso resulte no fechamento das empresas.

"- Lutamos tanto nesses quatro anos para sobreviver nas fábricas. Quando vi a polícia dentro do pátio, achei que era um pesadelo e iria acordar", disse um operador de máquina da Cipla.

 Segundo o documento baseado em mentiras e calúnias infundadas feitas pelo Sindicato dos Plásticos de Joinville, "poder-se-á notar que o custo social da manutenção desses mil postos de trabalho é excessivamente alto. A partir daí, é possível até se sustentar que o custo para a sociedade é desproporcional ao benefício social gerado". (...)

"será que a manutenção do Grupo Cipla, gera, de fato, o bem à sociedade? Será que sua existência não estaria mais para um mal do que para um bem social?"

Como entender que o custo social gerado pela manutenção da fábrica é maior que o benefício gerado à mil famílias dependentes desses empregos? As dívidas cobradas são de responsabilidade dos patrões e dos governos e não dos trabalhadores que ocuparam as fábricas para garantir os empregos e direitos.

 

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE

 

Os trabalhadores não são bandidos e exigem a retirada da polícia federal e militar e do interventor judicial do parque fabril. Assim como a reintegração dos demitidos e dos poderes administrativos aos membros da Comissão de Fábrica eleita.

Uma campanha em solidariedade à luta das Fábricas Ocupadas está sendo feita por vários Sindicatos, federações e lideranças sociais nacionais e internacionais. Moções pedem a solidariedade e o apoio a todas as organizações sociais operárias da cidade e do campo para essa luta!
 

Joinville, 31 de maio de 2007.

Veja também o Blog da Flaskô

Carta Aberta à População

Abaixo, modelo de Moção Para:

 

Dr. Tarso Genro
Ministro de Estado da Justiça do Brasil
Esplanada dos Ministérios – Bloco T – Edifício Sede
CEP 70064-900 – Brasília – DF  
Fax : (61) 3322-6817 E-mail: gabinetemj@mj.gov.br

Luiz Marinho
Ministro de Estado da Previdência do Brasil
Esplanada dos Ministérios – Bloco F
CEP 70059-900 – Brasília – DF  
E-Mail: gm.mps@previdencia.gov.br

 

Carlos Lupi
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego
Esplanada dos Ministérios – Bloco F
CEP 70059-900 – Brasília – DF  
E-Mail: gm@mte.gov.br

 

Dr. Oziel  Francisco de Souza
Juiz Federal da Vara de Execuções Fiscais de Joinville
Rua do Príncipe, 123 – Centro
89201-001 – Joinville – SC
E-Mail: SCJOIEF01@jfsc.gov.br

 

Rainoldo Uessler
Interventor da Cipla
Rua São Paulo, 1600 – Bucarein
89202-200 – Joinville – SC

 


 

Assunto: intervenção judicial a pedido do INSS e executada pela Polícia Federal na Cipla/Interfibra para garantir o seu fechamento e o fim de mais de mil postos de trabalho.

 

Prezados Senhores:

Vimos através do presente expediente até Vossas Excelências, para externar nossa preocupação com a intervenção judicial nas empresas Cipla e Interfibra, que desde 1º de novembro de 2002 se encontram sob o controle e administração dos seus próprios trabalhadores.

 

Ainda mais preocupante é o fato do cumprimento da decisão judicial ter sido sustentada por um aparato policial federal de mais de 150 homens, e em intervenção pedida em processo movido pelo INSS.

 

Solicitamos imediatas providências desses três Ministérios, para que seja retirada a Polícia Federal da fábrica e suspensa a intervenção judicial, com o retorno da legítima direção da empresa eleita pelos trabalhadores.

 

Aguardamos que o bom senso prevaleça.

 

Atenciosamente,

 
Pedro Santinho
Coordenador Conselho de Fábrica
Flaskô Sob o Controle dos Trabalhadores

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