quarta-feira, junho 20

Interventor da Cipla e interfibra vai hoje à Flaskô e tenta demitir vários operário s?=

O interventor da Cipla - Interfibra, Rainoldo Uessler, foi hoje à Flaskô em Sumaré e reuniu-se com o coordenador geral do Conselho de Fábrica, Pedro Alem Santinho, demitindo-o.
Assim que souberam da decisão, os trabalhadores da produção pararam as máquinas e avisam que só voltarão a produzir se o companheiro Pedro puder exercer plenamente suas funções.
Frente à paralisação, o interventor realmente mostrou a que veio, pois disse que não queria a presença na empresa dos trabalhadores Fernando, Amaro (membros do Conselho de Fábrica) e Rafael Prata (assessor de imprensa).
A vereadora Marcela Moreira (PSOL - Campinas) compareceu à fábrica para prestar solidariedade e o interventor (com toda arrogância e cercado de uns comparsas, como Piazeira e Miltão) tentou intimidar a vereadora, que respondeu à altura. "Eu vim visitar os trabalhadores e não você".
Amanhã, dia 21 de junho de 2007, às 7h, na portaria da Flaskô, haverá ato contra a intervenção e por nenhuma demissão. Pelo controle operário e manutenção de todos os empregos.
No fim do dia, desmoralizado frente a resistência de todos os operários da fábrica, o interventor, mesmo ameaçando trazer a polícia federal, foi obrigado a desdizer as demissões.
Agora o clima é de mobilização permanente, todos estarão acampados na fábrica para garantir o controle operário da Flaskô. Os moradores da Vila Operária e popular também estão na resistência junto aos trabalhadores.
Como o interventor disse que volta nesta quinta:
A partir da 7h, ATO NA FLASKÔ - SUMARÉ.
TODOS QUE PUDEREM, ESTEJAM LÁ PARA DAR APOIO À FÁBRICA
 
 
 
 
 
 


Josiane Lombardi
(11) 3021 8845 / 3023 1874  (19) 9124 0960 


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Um comentário:

Anônimo disse...

Carta aberta aos Companheiros e companheiras da Flaskô e Apoiadores

Companheiros a muito tempo venho sendo perseguido pelas pessoas que administra a Flaskô, mais não agüento mais e resolvi escrever está carta, que talves pode despertar em outros companheiros (as ) a mesma iniciativa.
A agressividade com a qual fui tratado no Conselho de Fábrica realizado no dia 20 de março não deixa qualquer dúvida de que a real intenção na discussão era a de me atingir pessoalmente e não a de tentar buscar soluções para a superação de dificuldades,está perseguição ficou muito claro com a advertência que levei logo após a reunião do conselho , isso porque a empilhadeira quebrou. No entanto, essa agressividade, que está muito clara na ata da reunião do Conselho, tão somente vem a comprovar, mais uma vez, o processo de desgaste a que há um bom tempo venho sendo submetido na Flaskô. Aliás, um processo com base na cruel e desumana prática do assédio moral, muito comum nas empresas “com patrão” e que buscam o “lucro a qualquer custo”.
O que é o assédio moral!!??? “O assédio moral no trabalho é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada e no exercício de suas funções. Ele é mais comum em relações hierárquicas autoritárias, nas quais predominam condutas negativas, relações desumanas e sem ética de longa duração, de um ou mais chefes dirigidas a um ou mais subordinado (s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho.“
Na Flaskô, me foi retirada a responsabilidade sobre as compras e sobre o setor de faturamento. Agora, nesta ata do Conselho de Fábrica consta que “eu cuidava” disso e não mais faço. Assim como que outras “várias funções” eu exercia e tbém não mais as desenvolvo.
Mas na ata não fica claro que não mais as faço ou as desenvolvo porque elas me foram retiradas. Pelo contrário, conduz à compreensão e à acusação de que não mais as faço por outros fatores, que podem ser entendidos como preguiça, desleixo, desinteresse, descompromisso, etc e tal. E para tentar me queimar de vez junto aos companheiros e companheiras, na seqüência deixa claro que eu recebo “o teto salarial da fábrica, quase 4 mil de salário”. Em resumo: ganho muito e nada faço! , e aí prega a ata no quadro de aviso.
Assim, temos em desenvolvimento aqui dentro da Flaskô, em escandalosa contradição com o discurso interno e externo, a prática do criminoso assédio moral, tal e qual o existente em qualquer outra fábrica capitalista, com patrão, repressora e exploradora da classe trabalhadora.
Como estou sendo perseguido e passei por vários constrangimento, fui até a delegacia e fiz um BO, contra o Pedro Santino, que é o patrão e Fernando seu secretário. Também entrei com um processo de Assedio Moral e danos morais. Porque entendo que nenhum trabalhador tem que passar por situações constrangedoras, ainda mais aqui na Flaskô que é uma fabrica ocupada ....... e mais, trabalhador de férias, afastados ou fora do expediente, só é permitido entrar com o acompanhamento , trabalhadores demitidos nem entra, e tem que procurar justiça para receber seus direitos.
Deixo aqui algumas perguntas
A fábrica é controlada pelos trabalhadores ?
Qual o papel da corrente do trabalho na fábrica ?
Os trabalhadores tem direito de dar sua opinião, sugestão e sabe tudo o que acontece ?
Você acha que a política mudou após a ocupação, ou é a mesma política patronal?
Se ganho quase 4 mil reais ,outros ganham 800,00 ,1.000,00 ,2000,00 etc..., é uma política salarial antiga ou não ?
Quem é que tem o verdadeiro controle da fábrica e do faturamento ?
No faturamento mensal quem recebe primeiro é os trabalhadores ? e quem realmente está ganhando .
E não é somente esta questão assédio moral, neste caso particularmente comigo, que está fora dos trilhos, dos princípios e em conflito com a proposta política e ideológica inicial de ocupação da Flaskô São muitas outras questões de fundo político e administrativo que precisam vir à tona, serem debatidos por todos nós e superados coletivamente. A democracia, a igualdade e o respeito entre os trabalhadores exigem que a prática seja transparente e cristalina, com a informação real e total compartilhada por todos. E não tão somente como instrumento de poder, de pressão de manipulação por uns poucos. O que se agrava quando esse instrumento de poder passa a ser utilizado como assédio moral .
Portanto, companheiros e companheiras da Flaskô, as agressivas e ferozes acusações lançadas contra mim na ata da reunião do Conselho de Fábrica são mentirosas. Tão mentirosas que até mesmo necessitam de agressividade e ferocidade em inútil tentativa de que sejam vistas como verdadeiras.
Mas temos que superar está questão. E superar no diálogo franco, aberto e leal, com respeito entre companheiros e companheiras. Embora mentirosas, as acusações feitas contra mim têm, na verdade, o objetivo de criar uma cortina de fumaça e de desviar a atenção de profundos desvios de ordem ideológica, político e de cotidiano nas relações entre nós na Flaskô. Desvios estes que temos que corrigir rapidamente, pois serão muito desgastantes e perigosos para nossa justa luta aqui na Flaskô ,digo nossa mais acho que depois dessa minha opinião .....
Assim, às agressões e mentiras de que fui vítima na ata do Conselho de Fábrica, respondo aqui com uma proposta construtiva: Vamos abrir um diálogo franco, honesto e companheiro sobre o que realmente ocorre na Flaskô e que sentimos que pode nos levar à derrota nesta nossa luta. Vamos conversar, vamos debater, vamos pontuar e tentar superar as divergências.
Somente assim, e com respeito e sem agressões entre companheiros e companheiras, nossa luta na Flaskô ocupada será realmente vitoriosa, se os trabalhadores puderem participar.
José Carlos