sexta-feira, junho 1

A luta continua na Cipla e Interfibra! A Flaskô continua sob controle dos trabalhadores!

Um dia após a invasão da Polícia Federal na Cipla e Interfibra, cerca de 200 trabalhadores se manifestaram num ato público promovido na entrada da Flaskô, em solidariedade aos companheiros de Joinville/SC – que perderam o controle da fábrica para um interventor federal a mando dos antigos patrões, após decisão favorável da justiça a uma ação movida pelo INSS. Participaram moradores da Vila Operária e Popular, do Parque Bandeirantes, uma delegação de militantes da Esquerda Marxista do PT da cidade de São Paulo, Caieiras, uma delegação de trabalhadores da fábrica Ellen Metal (que estão para fora da empresa devido a uma ação de reintegração de posse que beneficia o patrão-caloteiro),ex-trabalhadores da Flakepet, Sindicato dos Químicos de Campinas, Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Sindicato dos Sapateiros de Franca, assessor do Deputado Zaratini (PT), um assessor do Prefeito Bacchin (PT) de Sumaré, militantes do Movimento Negro Socialista e professores de SP. Também houve um ato público na frente da Cipla, com várias representações.
Na Cipla e Interfibra, o interventor já demitiu cerca de 50 trabalhadores, a começar por todos os membros do Conselho de Fábrica eleitos em assembléia. Mesmo assim, os companheiros conseguiram orientar os funcionários a voltar a trabalhar, para não perderem o emprego e para manterem o funcionamento da firma. Enquanto isso, assessores do Ministério da Previdência, Justiça e Trabalho se reúnem nesta sexta-feira (dia 01 de junho) e informarão suas decisões aos representantes legítimos dos trabalhadores. Uma campanha de moções segue pelo Brasil e mundo afora, para pressioná-los a retirar a PF da Cipla e a devolver a fábrica para os trabalhadores.
O Conselho de Fábrica também convoca para segunda-feira, dia 04 de junho, uma assembléia na porta da Cipla. Apesar da Flaskô também estar sob intervenção judicial, ainda não foi

tomada por força policial e, por isso, permanece sob controle dos trabalhadores. Assim, a orientação é manter a fábrica funcionando e ajudando com toda nossa energia a retomada da Cipla para as mãos daqueles que realmente produzem e necessitam da empresa para manterem seus postos de trabalho e salários. Os patrões tiveram 20 anos para conduzir as empresas, mas as levaram para o fundo do poço e são eles que devem pagar pelas dívidas com os trabalhadores, órgãos públicos e fornecedores. Se as fábricas ainda estão de pé, é devido ao suor e à luta dos trabalhadores.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como a flasko esta sendo controlada pelos trabalhadores, se no dia da assembleia contra a intervenção, a flasko usou do mesmo meio deixando funcionario fora da empresa, isto é impedindo a sua entrada para trabalhar.