sexta-feira, abril 13

Ato no Fórum impede arremate de maquinários da Flaskô

ATO EM FRENTE AO FÓRUM DE SUMARÉ IMPEDE A RETIRADA DOS MAQUINÁRIOS DA FLASKÔ
 
Com batucada de tambores, faixas, cartazes e, claro, muitos vozes do carro de som, cerca de 70 pessoas impediram o arremate dos maquinários da Fábrica Ocupada Flaskô.
Estavam presentes: Sindicato dos sapateiros de Franca/SP, Movimento Hip-Hop & Cidadania, MST de Campinas e região, Sindicato da Construção Civil de Campinas, Moradores da Vila Operária e Popular, Movimento Negro Socialista, trabalhadores da Fábrica Ocupada Ellen Metal, de Caieiras/SP, ex-trabalhadores da Fábrica Flakepet, de Itapevi/SP, e que hoje trabalham na Fábrica Ocupada Cipla, de Joinville/SC e a imprensa local.
Ninguém tentou arrematar os maquinários, pois as palavras de ordem soavam bem alto:
"Senhor juiz anula a decisão, nas nossas máquinas ninguém coloca a mão"
"Se leiloar vai desempregar, Se arrematar não vai levar"
"Parem os leilões, queremos trabalhar!"
"Que se faça Justiça! Cobrem do patrão!"
"Não vai levar, não vai levar, não vai levar..."
 
Mais uma grande vitória da classe trabalhadora! Mais uma vitória das Fábricas Ocupadas do Brasil.
Como se sabe, desde 12 de junho de 2003, a Flaskô está sob o controle dos trabalhadores, na luta pela garantia dos postos de trabalho de forma duradoura, bem como pelo pagamento dos salários e direitos de mais de 90 famílias.
Juntamente com as fábricas de Joinville/SC, Cipla e Interfibra, e a resistência dos trabalhadores da Ellen Metal., em Caieiras/SP, a luta da Flaskô é diária e crescente.
Os leilões de máquinas são resultado dos processos de execuções fiscais de dívidas do bandido do antigo sócio, que não pagava os impostos. Assim, não é JUSTO que estas dívidas recaiam para o(a)s trabalhadore(a)s que lutam arduamente, todos os dias, para manter a fábrica aberta e garantir o "pão de cada dia". Sabemos que se levarem uma máquina, a Flaskô fechará! Por isso, somos contra os leilões! Não deixaremos que o Poder Público feche a Flaskô!
Para tanto, a Flaskô vem negociando com a Procuradoria a possibilidade de unificação das execuções fiscais, conforme a lei de execução fiscal permite. Assim, da mesma maneira que a Justiça do Trabalho de Sumaré fez, os processos seriam unificados, cessando a ameaça constante do fechamento das fábricas por meio dos leilões e penhoras de faturamento, pagando-se um por cento do faturamento mensal da fábrica.
Esta proposta é a única forma de garantir os postos de trabalho de forma duradoura, mantendo-se a fábrica aberta, bem como garantir que o Estado receba algum valor devido e aplique em políticas públicas, haja vista que da forma como está, o Estado não recebe.
Desta forma é que ex-trabalhadores da Flaskô, que sofriam na mão dos antigos donos, vêm recebendo parte dos direitos devidos todo mês. Foi a forma encontrada para que, de fato, ex-trabalhadores recebessem os valores devidos pelo antigo patrão, e a Flaskô, sob o controle dos trabalhadores, conseguissem pagar os direitos dos companheiros.
Dia 18 de abril, haverá uma reunião com o Procurador-Chefe (da Procuradoria do Estado de São Paulo) para a apreciação da proposta de unificação das execuções fiscais.
No dia 25 de Abril haverá a segunda parte deste leilão (2ª praça do mesmo processeo) e já estamos articulando com a companheirada para ocupar a frente do fórum novamente, pois "nas nossas máquinas ninguém coloca a mão"!
 
Tod@s no dia 25 de abril, a partir das 12h30, em frente ao Fórum de Sumaré/SP (Centro).
 
Saudações de luta!
Setor de mobilização da Flaskô
 
www.flasko.blogspot.com
www.fabricasocupadas.org.br

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