quarta-feira, abril 25

Readmissão dos Demitidos - abaixo a Emenda 3.

Moção de repúdio

A diretoria da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo – CUT/SP, reunida no dia de hoje, 24/04/2007, repudia a Companhia do Metropolitano de São Paulo e o Senhor Governador José Serra pelas demissões injustas e arbitrárias de 5 (cinco) diretores do Sindicato dos Metroviários. Entendemos que esta atitude fere o direito à manifestação legítima e não admitimos que uma paralisação parcial e fora do horário de pico possa gerar tamanha truculência por parte do governo do Estado. Julgamos também ser um direito a luta pela manutenção do veto a Emenda 3, que trará grandes prejuízos aos trabalhadores (as). Não podemos aceitar a falta de respeito com a qual o Metrô e o governo do Estado tratam os metroviários na sua justa reivindicação. A CUT/SP exige a imediata readmissão dos trabalhadores.

Direção da Central Única dos Trabalhadores – CUT/SP

[24/04/2007]

Contra a emenda 3, metroviários iniciaram suas atividades com 1h e meia de atraso

Fonte: Sindicato dos Metroviários de São Paulo

Na manhã desta segunda-feira, 23/4, metroviários, motoristas e cobradores de ônibus da capital iniciaram suas atividades com uma hora e meia de atraso. As categorias aderiram às manifestações ocorridas em todo o país contra a derrubada do veto do presidente Lula à emenda 3

Ato de vandalismo

Em declarações feitas nesta manhã, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Luiz Portella, afirmou que os metroviários somente conseguiram levar à frente a paralisação porque cortaram cabos da via, num ato de vandalismo. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo lamenta as suas declarações e atribui às mesmas ao seu desconhecimento do sistema metroviário.

As primeiras informações levantadas pelo Sindicato dão conta de que, pelo fato de ter sido detectada uma pessoa na via, foi acionado um dispositivo chamado "SPAP", que interrompe a circulação de energia elétrica na via, evitando que ocorra um acidente.

Este dispositivo está presente nas plataformas, na Sala de Supervisão Operacional (SSO) e no Centro de Controle Operacional (CCO), e pode ser acionado por qualquer pessoa que presencie um indivíduo em perigo na via. O restabelecimento também é automático e imediato, tão logo a pessoa seja resgatada.

Segundo informações que chegaram ao Sindicato, o operador de um trem visualizou um indivíduo na via, informou ao CCO, que remotamente acionou o SPAP, desenergizando a via.

Prática

Os metroviários nunca fizeram sabotagens, depredaram ou praticaram qualquer modalidade de violência em suas manifestações ou paralisações. Esta é uma categoria que sempre decidiu suas ações de forma coletiva e democrática, e confiou em seu Sindicato para organizá-las e conduzi-las com responsabilidade e prudência.

Por este motivo, ao fim das investigações, este episódio estará esclarecido e o senhor secretário, convencido da responsabilidade da categoria metroviária, se desculpará pelas acusações infundadas - que reafirmamos tratar-se de desconhecimento da categoria e mau assessoramento.

Trabalhadores brasileiros

Igualmente, o Sindicato lamenta as críticas do governador José Serra, e esclarece que a paralisação desta manhã não teve como objetivo atender interesses apenas de sindicalistas, conforme declarou. Ao contrário. Os metroviários abraçaram uma causa que diz respeito a todos os trabalhadores brasileiros, junto com as principais centrais sindicais do Brasil. Em todo o país, trabalhadores de diversos setores protestaram contra a emenda 3.

Às 5h desta segunda-feira, 23, representantes da CUT, CGT, Força Sindical, Conlutas e diversas entidades que representam os trabalhadores realizaram um ato na estação Corinthians/Itaquera para esclarecer as razões da mobilização nacional.

Os riscos

Metroviários, motoristas de ônibus, e diversas categorias profissionais do país estão mobilizados contra o fim da fiscalização das relações trabalhistas pelos fiscais da Receita Federal, Previdência Social e Ministério do Trabalho, representada pela derrubada do veto à emenda 3.

Caso ele seja derrubado, empregadores ficarão livres para demitir trabalhadores com carteira assinada e contratar trabalhadores como Pessoa Jurídica (PJ), deixando de pagar todos os direitos trabalhistas garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como 13º salário, férias remuneradas, vale-transporte e refeição, etc. Por este motivo, enquanto não estiverem garantidos os direitos de todos os trabalhadores brasileiros, os metroviários não descartarão nenhuma forma de luta.

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